preservação

Campinas retoma meta de plantar 1 milhão de mudas

O anúncio foi feito ontem durante a entrega do sistema de identificação digital de 100 árvores do Bosque dos Jequitibás, com leitura em QR Code

Alenita Ramirez
22/09/2017 às 08:30.
Atualizado em 22/04/2022 às 18:22
O prefeito Jonas Donizette (PSB) entregou ontem o sistema de leitura QR Code no Bosque dos Jequitibás (César Rodrigues)

O prefeito Jonas Donizette (PSB) entregou ontem o sistema de leitura QR Code no Bosque dos Jequitibás (César Rodrigues)

Campinas deve plantar 1 milhão de mudas de árvores até no máximo o início de 2018. Até o momento já foram plantadas 600 mil mudas em ruas e cerca de 345 mil em áreas de preservação ambiental (APP). O anúncio foi feito ontem durante a entrega do sistema de identificação digital de 100 árvores do Bosque dos Jequitibás, com leitura em QR Code. “A ONU preconiza 12 metros quadrados por habitante e nós temos 80 metros. Campinas como um todo é bem arborizada, mas observamos que tem regiões que estão abaixo dos 12 metros. Com isso, vemos que não é um negócio uniforme, igualitário. Com base no inventário do verde que fizemos, vamos priorizar as regiões que tem menos árvores por metros quadrado por habitante e fazer o plantio e a recuperação de área verde para poder equilibrar toda a cidade”, disse o prefeito Jonas Donizette (PSB). Na década de 80, o então prefeito Jacó Bittar também chegou a fazer uma campanha de “Um Milhão de Árvores”. De acordo com o secretário do Verde, Rogério Menezes, desde 2013 foram plantadas por empresas, através do programa de compensação ambiental, 345.770 mil mudas. Somadas a essas, a Secretaria de Serviços Públicos também fez o plantio em vias públicas em áreas verdes de mais de 600 mil mudas. Segundo Menezes, há de se considerar que, apesar de ser um número alto em termos de plantio, há uma perda de 15% decorrente da depredação. “No caso das compensações ambientais temos uma vantagem que há a obrigação da qual quem planta tem cuidar por dois anos. Então, se danificou a muda, a empresa vai e repõe. Mas é bom que haja conscientização das pessoas para reduzir essas perdas e mantermos nosso esforço", disse. Do número de mudas plantadas por compensação, ao menos 90 mil delas já contam com a identificação digital. A expectativa é que até o final deste ano chegue aos 160 mil. “Já demos anuência, ou seja, autorização para que a empresa implante o QR Code em 124 mil mudas”, disse o secretário do Verde. O Viveiro Municipal tem uma produção anual de 200 mil mudas de ao menos 80 espécies nativas e exóticas. Além disso, o município ainda recebe doações do Viveiro da Mata Santa Genebra, que só neste ano já doou 27.193 mudas. Apesar do avanço na recuperação do meio ambiente, Menezes admite que há um grande desafio pela frente. Atualmente o município tem apenas 30,8% de Área de Proteção Ambiental (APP). “Há um desafio de décadas para recuperar 69,20% das áreas. Já conseguimos recuperar desde 2013 ao menos 120 hectares de áreas de APP. A meta do plano do verde até 2026 é recuperar 960 hectares”, disse. Para recuperar a arborização urbana de ruas, segundo a diretora Ambiental da Secretaria de Serviços Públicos, Márcia Calamari, já é desenvolvido desde 2013 um plano no qual foram realizados plantios em áreas carentes de bairros como Campos Elíseos, Tamoio, Perseu Leite de Barros, Ipaussurama e Tropical, além do Cambuí e toda a área onde ocorreu a microexplosão em junho de 2016. “O plano agora, novas metas, a partir deste ano, são para os distritos do Campo Grande e Ouro Verde. Essas são as regiões em que houve expansão desordenada e que precisa ser trabalhada a arborização”, falou Márcia. QR Code Só no Bosque dos Jequitibás 100 árvores receberam a identificação digital. Segundo Menezes, elas estão espalhadas pelo parque e foram escolhidas por técnicos para receber o projeto. Para fazer a leitura do tag é preciso baixar qualquer leitor de QR Code gratuito. O sistema de inventário das árvores foi desenvolvido pela empresa Anubs e pelo programa. Segundo o diretor Rodolfo Ramos, é possível fazer uma leitura completa da árvore, que vai desde sua espécie, quando foi plantada e até sua localização, entre outros dados. “Com o celular dá para ir em cada uma delas aqui no Bosque e pegar informações detalhadas. E como se tivesse acesso ao currículo da árvore”, falou Menezes.

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