Brigada de Infantaria Leve auxiliará, mais uma vez, a missão especial de enfrentamento ao crime
General Luis Cláudio de Mattos Basto: treinamento para missão urbana (Matheus Pereira)
Militares da 11ª Brigada de Infantaria Leve participam nesta semana, em Indaiatuba, de um adestramento de rotina do Exército. No entanto, o diferencial desta edição é que a maior parte da tropa, cerca de 500, será enviada dentro de duas semanas para reforçar na missão de intervenção federal no Rio de Janeiro. O comando desta tropa que será enviada é do batalhão de Lins. Eles ficarão em território carioca por um mês. No final de abril, o comando do Exército em Campinas enviou cerca de 450 homens das unidades de Lins, Pirassununga, São Vicente, Pindamonhangaba e Itu, para atuar na capital fluminense. Eles voltaram no início deste mês. Está será a segunda tropa com reforço da 11ª Brigada de Infantaria Leve. “Tem uma frase do escritor Rui Barbosa que diz: ‘O Exército pode passar cem anos sem ser usado, mas não pode passar um minuto sem estar preparado’. Não se improvisa um exército do dia para noite. Se a Constituição diz que o Exército tem que estar preparado para a Garantia da Lei da Ordem, esse emprego tem que ser cuidadoso. O Exército não pode falhar dentro do território nacional, dentro do Estado. O Exército, quando empregado, tem que resolver o problema. Ele precisa se adestrar em todas as missões previstas na Constituição”, disse o general de Brigada, Luis Cláudio de Mattos Basto. O general Basto destaca que mesmo que os militares não fossem enviados ao Rio de Janeiro, eles passariam pelo adestramento. “Nós nos preparamos, nos adestramos, vamos atrás de conseguir os materiais necessários para o emprego das forças. A importância da missão é atender o que a população espera do seu Exército”, disse o general. As atividades de capacitação começaram na última segunda-feira e seguem até a próxima sexta-feira. O treino é centralizado no Velódromo, mas também está nas ruas da cidade. Segundo o coronel Richard Alves Fioravante, no ano passado, os treinos aconteceram nas cidades de Paulínia, Indaiatuba e Valinhos e a base do comando foi em Campinas. Mas para este ano, foi decidido que o treino seria realizado apenas em Indaiatuba. Para tanto, a proposta, elaborada no ano passado foi enviada para análise dos órgãos públicos da cidade. “No passado a operação foi mais voltada para revista, patrulhamentos, controle de vias urbanas ou de estradas, até por conta do que acontecia naquele momento. Neste ano, vamos trabalhar com um ambiente diferenciado, mais pesado. No Rio de Janeiro o ambiente é hostil e não será a figuração da tropa, mas vamos enfrentar aquilo que vemos pela imprensa. Esperamos aplicar esse treinamento e nada melhor que fazer o adestramento nas ruas”, disse o coronel Fioravante. Teoria e prática Para o general Bastos, o Exército abre a chance do adestramento, de colocar em prática aquilo que os militares aprendem na teoria. “E a única forma de colocarmo em prática é na Garantia da Lei e da Ordem. A Operação Corumbatá é tipicamente urbana. Com um ambiente complicado, tendo em vista a operação no Rio, onde há um terreno diferenciado, com suas edificações, presença da população. O comando terá que entender o problema e ver onde empregar as ações. Ao encontrar o problema, cada tropa terá que resolver da melhor forma sem afetar a população”, frisou. Ação Cívico-Social Amanhã, véspera de encerramento, haverá uma Ação Cívico-Social (Aciso) com início a partir das 14h, na Praça Dom Pedro 1. Serão envolvidos diversos setores públicos da cidade, entre os quais a Guarda Municipal, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, área da Saúde. Só o Exército será responsável por sete atividades. Haverão barracas de orientação médica, de fotografia para crianças, exposição de viaturas entre outros, inclusive desfile militar na Rua 11 de Julho, a partir das 16h30. “É um modo de interagir com a população”, destacou o general Basto.