POLÍTICA

Campinas quer ser polo de energia renovável

Câmara vota hoje projeto que visa atrair empresas do setor

Maria Teresa Costa
14/03/2018 às 12:31.
Atualizado em 23/04/2022 às 06:15
Nesta semana, foi divulgada a notícia de que a energia solar se tornou a terceira fonte de energia no Brasil em termos de potência instalada (Divulgação)

Nesta semana, foi divulgada a notícia de que a energia solar se tornou a terceira fonte de energia no Brasil em termos de potência instalada (Divulgação)

A Câmara vota hoje projeto de concessão de incentivos fiscais para atrair grandes investimentos na cidade e criar condições especiais ao desenvolvimento de um parque industrial voltado ao mercado de energias renováveis. O projeto visa atrair montadoras de ônibus e veículos elétricos e híbridos, fabricantes de baterias, fabricantes de painéis fotovoltaicos e de máquinas e equipamentos de outras fontes de energia renovável. O projeto do prefeito Jonas Donizette (PSB) propõe, para todas as empresas que se interessarem, isenção de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU), taxas, emolumentos e preços públicos e redução da alíquota do Imposto Sobre Serviço (ISS) para 2% sobre serviços prestados pelas empresas e sobre os tomados de construção civil no imóvel onde será implantado o empreendimento por um período de 10 anos. Os incentivos serão válidos para empresas em processo de instalação que investirem acima de 30 milhões de UFICs (R$ 101,7 milhões) no período de até 36 meses para as já instaladas e para as que chegarem na cidade com investimento acima de 60 milhões de UFICs (R$ 203,4 milhões) e para as que atuam na área de energia renovável. Segundo o prefeito, os incentivos propostos propiciarão a criação de novos postos de trabalho com geração de renda para a população, o aumento de investimentos em atividades produtivas na cidade, especialmente em relação ao parque industrial. O estímulo às atividades que assegurem maior valor adicionado dinamizarão, afirmou, a economia local. Um dos focos da proposta, segundo Jonas, é o de propiciar investimentos a segmentos industriais voltados ao desenvolvimento de equipamentos destinado à produção e utilização de energia renovável. Com isso, disse, Campinas terá condições de participar de forma efetiva no desenvolvimento de fontes alternativas de energias renováveis, em complementação da matriz energética atual, baseada na energia hidráulica, como alternativa ao desenvolvimento energético sustentável. Jonas disse que a concessão dos incentivos se dará de forma criteriosa, com acompanhamento periódico, para que os incentivos propiciem a efetiva ampliação e modernização das atividades econômicas e industriais no Município. Para garantir os incentivos, a Prefeitura vai abrir mão de uma receita de R$ 1,7 milhão em 2018, de R$ 2,8 milhões em 2019 e R$ 2,9 milhões em 2020 - valores que serão compensados pelo aumento da arrecadação oriundo da atualização da Planta Genérica de Valores.

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