Campinas procura apoio para festa de Natal

O prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), quer garantir que o Natal deste ano, o primeiro do seu mandato, não passe despercebido como os dois anteriores. Para isso, secretários correm contra o tempo para garantir parcerias com o setor privado e viabilizar patrocínios para os enfeites natalinos e a programação cultural. Uma reunião foi realizada na segunda-feira (14) com a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic) para o governo apresentar o projeto e atrair ajuda de empresários. Nos últimos dois anos, após a crise política, as atrações natalinas ficaram esquecidas diante da instabilidade no governo.O secretário de Cultura, Ney Carrasco, afirmou ontem que o apoio do setor privado é “necessário”. “(O prefeito) tem o desejo de dar um Natal bonito e marcante, mas não megalômano”. O “Natal de Luz”, que era realizado na Praça Arautos da Paz, durante o mandato do prefeito cassado Hélio de Oliveira Santos (PDT), está descartado.De acordo com Carrasco, a festa — que incluía apresentações de dança, música e atrações infantis — está fora dos planos por causa de seu custo alto. “Era uma festa cara e muito pontual. Estamos planejando várias ações e gastando o que é necessário”, disse. A reportagem apurou que a ornamentação, que incluirá iluminação de prédios históricos e públicos, além da Rua Treze de Maio, está estimado em R$ 1 milhão. O secretário não confirmou.A presidente da Acic, Adriana Flosi, afirma que irá buscar o apoio de patrocinadores o “mais rápido possível”. Segundo ela, a prioridade é viabilizar ajuda para os enfeites em prédios públicos, como o Paço Municipal e a Estação Cultura, por exemplo, além de praças, como o Centro de Convivência.A iluminação da Treze de Maio deverá ficar por conta da Prefeitura. “Pelo que nos apresentaram no projeto, os enfeites deverão ser padronizados, apenas com luzes brancas. Vamos também estimular os comerciantes a enfeitarem os próprios estabelecimentos para participar de um concurso”, disse. A inauguração deverá acontecer até 1 de dezembro.Desde 2011, quando Campinas foi assolada por uma crise política, o Natal passou a ser organizado às pressas, para “não passar em branco”. Em 2011, o ex-prefeito Pedro Serafim (PDT), que havia acabado de assumir o governo, optou por uma organização simples e reaproveitou os enfeites do ano anterior. Ano passado, prestes a deixar o governo após perder a eleição, o pedetista deixou a organização de lado.