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Campinas pode ter reforço de hospital

O governo do Estado negocia a possibilidade de trazer para Campinas o Hospital de Campanha do Pacaembu, na Capital, que foi desativado na segunda

Maria Teresa Costa
03/07/2020 às 07:45.
Atualizado em 28/03/2022 às 23:44
Hospital de Campanha que foi montado no Estádio do Pacaembu (Governo do Estado/Divulgação)

Hospital de Campanha que foi montado no Estádio do Pacaembu (Governo do Estado/Divulgação)

O governo do Estado negocia a possibilidade de trazer para Campinas o Hospital de Campanha do Pacaembu, na Capital, que foi desativado na segunda-feira, após avaliação do prefeito Bruno Covas de que a evolução positiva da epidemia na cidade permitiu que o hospital fosse fechado mais cedo — o contrato de gestão do espaço, como Hospital Albert Einstein, terminaria em julho. A alta ocupação de leitos pode levar a região a regredir no plano de flexibilização. A taxa de ocupação de UTIs nos 42 municípios da região de Campinas chegou ontem a 80%, limite da fase laranja. Em Campinas, a taxa de ocupação de UTIs ficou ontem em 88,17%. A atualização da situação, que será feita com os dados de hoje pelo Comitê Estadual de Contingenciamento da Covid-19, definirá se eles irão para a fase vermelha, onde só serviços essenciais podem funcionar. O prefeito Jonas Donizette (PSB) informou que o secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, fez a proposta de trazer o Hospital de Campanha do Pacaembu como solução para melhorar a capacidade hospitalar regional. O Correio não conseguiu contato com Vinholi, mas fontes do governo do Estado informaram que existe a possibilidade de transferência da estrutura do hospital para Campinas, que está em estudo, mas o Estado e Prefeitura de Campinas precisarão fechar acordo sobre custeio da operação. Jonas disse que a instalação desse hospital de campanha é uma opção, mas que é preciso avaliar quando teria condições de entrar em operação. "Se for em uma semana é uma coisa, se for em mais tempo, é preciso que o Estado viabilize rapidamente um equipamento maior para atendimento dos pacientes da região", disse. Campinas atingiu ontem a ocupação total de leitos de UTI para pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O prefeito avaliou que a situação exige que o Estado tenha maior agilidade no tratamento do Interior. Havia a possibilidade de o governo comprar leitos no Hospital de Itatiba, mas a negociação, segundo Jonas, não avança. "A Diretoria Regional de Saúde ficou encarregada de cuidar disso, eu falei com o hospital, deixei encaminhado, mas não anda", disse. O Hospital de Campanha do Pacaembu tinha 200 leitos de baixa e média complexidade para tratar pacientes com Covid-19, sendo oito leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A unidade funcionava com portas fechadas e só recebia pacientes transferidos de outros lugares com melhora no quadro clínico, uma espécie de hospital de retaguarda. Segundo a Prefeitura da Capital, os 200 leitos nunca estiveram totalmente ocupados. O dia com maior lotação foi em 12 de maio, quando 167 pacientes estavam internados. O prefeito Bruno Covas disse essa semana que o Albert Einstein, a OS que administrou aquele espaço, vai doar para a Prefeitura de São Paulo todos esses equipamentos que foram utilizados no hospital de campanha. "São R$ 7 milhões em equipamentos, como 15 ventiladores mecânicos, 40 monitores, 15 desfibriladores, 80 glicosímetros, 30 oxímetros, 16 camas de UTI, 10 camas hospitalares, 20 macas, 50 mesas de alimentação, 50 cadeiras higiênicas e 250 colchões", disse.

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