Perspectiva é construir cinco novos equipamentos até 2028
Centro de Saúde do Village está em funcionamento, mas deve ganhar uma nova sede (Kamá Ribeiro)
A Prefeitura de Campinas quer aumentar de 68 para 73 o número de centros de saúde existentes na rede municipal até o final da atual administração em 2028.
O objetivo está incluído no Plano de Governo do mandatário e considera obras a serem feitas com recursos próprios ou repasses.
O planejamento da Administração Municipal indica a construção de prédios para os centros de saúde Jardim Myriam, Parque Jambeiro, São Judas e Real Parque. O CS Boa Esperança, desativado em 2021, também vai ter uma nova sede.
Já os prédios das unidades de Sousas e do Village, que já existem e estão ativas, deverão ser substituídos por novos.
Os centros de saúde (CSs) são a porta de entrada para o começo de um tratamento médico ou para atendimento básico por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
O plano de governo da atual administração prevê ainda a readequação dos CSs 31 de Março e Carlos Gomes e a ampliação física de outras cinco unidades: Santo Antônio, Carvalho de Moura, DIC III, Anchieta e Fernanda. Estão previstas ainda melhorias nas estruturas de outros sete centros de saúde: Vila Rica, Conceição, Campina Grande, Vila Ipê, DIC VI, São Marcos e Figueira.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que, neste momento, não é possível indicar todos os valores envolvidos nas obras porque muitos projetos estão em elaboração e em tratativas. "A Secretaria de Saúde destaca que as construções de novos CSs e melhorias em estruturas são realizadas a partir de critérios técnicos, como o potencial de crescimento populacional de uma área, deslocamentos de pacientes, eventual vulnerabilidade do território e a capacidade de ampliar serviços considerandose as estruturas físicas das unidades já existentes. É preciso salientar que todas as regiões de Campinas são assistidas por centros de saúde", informou, via nota, a Secretaria.
DEMANDA
A ampliação do número dos centros de saúde à disposição da população de Campinas é defendida pelo Conselho Municipal de Saúde. O presidente do colegiado, Paulo Mariante, avaliou que existem necessidades de outras unidades, além das que foram anunciadas. Ele destacou também o aumento do número de atendimentos realizados pelos centros de saúde já existentes como outro fator a ser considerado. "Não adianta construir prédios de novos centros de saúde sem garantir as equipes que vão trabalhar. Por melhor que seja um prédio, se não tiver gente para trabalhar nele, não resolve a situação da população", detalhou.
A elevação da quantidade de atendimentos na rede básica foi um ponto ressaltado pelo secretário de Saúde de Campinas, Lair Zambon. Em entrevista ao Correio Popular em dezembro do ano passado, o titular da pasta relembrou que o SUS Municipal fechou o primeiro semestre de 2024 com mais de 2,1 milhões de consultas, exames e procedimentos realizados. Já o número de pessoas cadastradas na rede municipal de saúde entre 2021 e 2024 subiu quase 30%, de 675 mil para 870 mil pessoas.
ATENDIMENTOS
Uma das futuras unidades de saúde planejadas pela Prefeitura de Campinas é a do Parque Jambeiro. A obra está estimada em R$ 3,2 milhões e deverá ser construída em um terreno na Rua Visconde de Congonhas do Campo, no Parque São Martinho. Ela deverá ser viabilizada, ainda sem prazo de início, por meio de um Termo de Acordo e Compromisso firmado entre a Administração Municipal e uma construtora. A população e comerciantes do entorno e frequentadores do Parque das Águas, localizado ao lado do terreno do futuro CS, possuem opiniões divergentes em torno da novidade. Proprietário de uma funilaria na região, Pedro Assumpção de Figueiredo defendeu a ampliação do horário de funcionamento do CS Figueira em vez da construção de uma nova unidade. É uma posição contrária da manicure Nathalia Nayara da Costa Silva, que costuma levar os filhos ao Parque das Águas. "Se um deles se machucar, teria um Centro de Saúde aqui do lado para um atendimento mais rápido, embora mais básico", opinou.
A adequação da estrutura física das unidades já existentes às necessidades da comunidade é um ponto defendido por quem utiliza os serviços da rede básica de saúde. É o caso de Ana Paula da Silva Bengevenga, usuária do Centro de Saúde do Jardim Eulina e participante do colegiado local. Apesar desse CS não estar contemplado no para receber melhorias, ela destacou a necessidade de mais investimentos de uma forma geral. "Aqui acontecem situações que podem ser observadas em outros centros de saúde. Uma delas é a sobrecarga de demanda dos colaboradores. Eles atendem muitas pessoas. E isso afeta a condição de saúde física e mental deles."
Em nota, a Secretaria de Saúde de Campinas informou que o quadro de profissionais do Centro de Saúde do Jardim Eulina está dimensionado conforme demanda de pacientes da região. "Vale destacar que desde o início de 2021 foram realizados cinco concursos públicos e quatro processos seletivos pela Secretaria de Saúde. Neste período, foram contratados 587 médicos e 1.411 profissionais para outros cargos da Saúde nos serviços do SUS Municipal."
Neste momento, ainda de acordo com a Administração Municipal, há um concurso aberto com 180 vagas para a Prefeitura, nas áreas da saúde e geral, com inscrições que terminam hoje, dia 14. O processo tem o objetivo de ampliar as equipes e repor servidores que se aposentaram ou deixaram seus cargos. A lista de cargos disponíveis está disponível no link: https://campinas.sp.gov.br/noticias/117072/reta-final-inscricoes-para-concursoda-prefeitura-terminam-nestaterca-feira-14.
Por fim, a pasta relatou que o CS Eulina passou por manutenção predial recente e recebe outros trabalhos de conservação de maneira rotineira. E que outras medidas serão implementadas conforme análise técnica da Secretaria de Saúde de Campinas.
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