Região central, Taquaral, Chapadão, Vl Industrial e Cambuí apresentam os maiores problemas
O motorista campineiro encontra pelo caminho pelo menos 42 ruas e avenidas de grande fluxo de veículos em que o trânsito é lento.
Técnicos da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) mapearam os gargalos da cidade e identificaram os pontos onde dirigir se torna uma tarefa complicada e estressante.
A maior parte dos gargalos — 14 pontos — está localizada na região central. Taquaral, Jardim Chapadão, Vila Industrial e Cambuí são outros bairros com ruas com grande fluxo de veículos. Cada um deles tem três pontos de complicação.
O mapeamento, afirmou o secretario de Transportes Sérgio Benassi (PCdoB), é importante para direcionar as políticas de trânsito na cidade.
Com base nessas informações, os técnicos da Emdec estão elaborando uma série de profundas intervenções que têm como objetivo melhorar a circulação e reduzir os gargalos da cidade.
A intenção é implantar várias mudanças no viário da cidade de forma que as vias comportem o trânsito da cidade, que cresceu muito ao longo dos anos. Campinas tem hoje uma frota de 782,2 mil veículos, uma relação de um para cada 1,39 habitante, uma das maiores do Brasil. Além disso, a cidade não conta com sistemas de transportes públicos mais ágeis, como trens e metrôs. Os carros têm que disputar espaço com ônibus e outros veículos.
Uma das medidas que podem contribuir para agilizar o trânsito é o BRT (Bus Rapid Transit), que prevê corredores exclusivos para ônibus de alta capacidade. O BRT poderá transportar até 40 mil passageiros por hora em cada sentido nos seus 40 quilômetros de trajeto. O projeto ainda está longe de ser implantado — a previsão é para 2016.
Monitoramento
A Emdec informou que monitora diariamente os locais mais problemáticos por meio das câmeras da Central Integrada de Monitoramento de Campinas (CimCamp) e agentes da mobilidade urbana são deslocados para operações nessas vias. No site da empresa (www.emdec.com.br), o motorista pode se informar sobre pontos onde há lentidão. A atualização ocorre a cada hora, no período das 7h às 19h
Em horários de pico, o motorista pode ficar preso em pequenos congestionamentos em avenidas como a Orosimbo Maia, Aquidabã, Norte-Sul, Andrade Neves e Brasil. “A Orosimbo Maia vira um caos. É ônibus, carro, tudo parado. Tem que ter muita paciência”, afirmou a secretária Sueli Cardoso.
A Avenida Norte-Sul é outro ponto complicado. “Eu não saio de casa em horários de pico para atravessar a cidade. Entre a minha casa e alguns trajetos, chego a enfrentar congestionamento em pelo menos quatro pontos”, reclama o historiador Rubens Souza.