retomada

Campinas ficará mais duas semanas na fase laranja

A situação da região acendeu o estado de alerta, e o governador poderá anunciar na próxima quarta-feira o retorno à fase vermelha

Maria Teresa Costa
10/06/2020 às 12:34.
Atualizado em 29/03/2022 às 09:31

Com taxas preocupantes de ocupação de leitos e avanços de casos e mortes pela Covid-19, a região de Campinas permanecerá, por pelo menos mais duas semanas, na fase laranja do plano estadual de retomada gradual das atividades. O governador João Doria (PSDB) poderá rever a classificação em prazo inferior a 14 dias, caso haja informações relevantes que exijam, excepcionalmente, a reclassificação para avançar na flexibilização, ou retroceder. A situação da região acendeu o estado de alerta, e o Doria poderá anunciar na próxima quarta-feira o retorno à fase vermelha, se os indicadores de saúde piorarem. Assim, abertura de bares, restaurantes e salões de beleza terá que esperar mais duas semanas, caso haja melhora nos indicadores da capacidade do sistema de saúde e evolução da epidemia. A manutenção na fase laranja já era esperada. Os indicadores que embasaram a decisão da manutenção da fase laranja na região mostram que, na última semana, a ocupação de leitos ficou em 69% e a oferta de leitos UTI para a Covid-19 foi de 13,2 por milhão de habitantes. Já a variação de novos casos foi de 1,42%, de internação de 1,36% e de óbitos de 1,24%. O secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, afirmou que na região de Campinas há uma tendência de evolução da epidemia, com mais casos da Covid-19 e internações, mesmo com o fortalecimento da capacidade hospitalar. “É momento de controle e atenção. Em sete dias poderemos regredir para a fase vermelha, se for necessário”, disse. Ontem o prefeito Jonas Donizette (PSB) havia adiantado que, mesmo que o governo do Estado reclassificasse a região para a fase amarela, ele manteria Campinas na atual fase. Segundo ele, se a classificação levasse em conta apenas Campinas, e não os índices regionais, a cidade estaria na fase 4, a verde, que libera o funcionamento de todos os estabelecimentos comerciais e de serviços, incluindo academias e praças de alimentação dos shoppings, desde que com capacidade limitada a 60% e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Os critérios para mudança de fase, para determinar avanço ou regressão, levam em conta a média da taxa de ocupação de leitos de tratamento intensivo para Covid-19; número de leitos UTI Covid-19 por 100 mil habitantes; e evolução semanal de casos confirmados, internações e mortes pela doença na comparação com a semana anterior. Em Campinas, a taxa de ocupação de leitos de UTI ontem nas redes públicas e privadas foi de 80,28% - a de leitos SUS foi de 94,4%, a maior até agora e, na rede privada, de 62%. Pelo plano estadual, uma região só poderá passar a um maior relaxamento após 14 dias da mudança de zona, mantendo os indicadores de saúde estáveis por um período completo de incubação. Se houver piora grave nos índices de saúde, a regressão de fase pode ser determinada em uma semana. A comparação é sempre entre os números da semana atual e os do período imediatamente anterior.

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