Balanço parcial divulgado pela Defesa Civil aponta que, desde o início da Operação, foram 138 focos contra 232 do ano passado (Kamá Ribeiro)
Após alta nos dois primeiros meses da Operação Estiagem em Campinas, o número de queimadas recuou e fechou o período de maio a julho com queda de 40,5%. Balanço parcial divulgado pela Defesa Civil aponta que, desde o início da Operação, foram 138 focos contra 232 do ano passado. A queda foi verificada justamente no mês de julho, quando 56 ocorrências foram registradas contra as 166, em 2021.
Nos dois primeiros meses da Operação, a alta foi de 20,37%. Foram 65 ocorrências entre 1º de maio e final de junho, contra 54 do ano passado. A Operação Estiagem é o período em que a cidade coloca em prática ações de prevenção a riscos propícios nesta época do ano, com destaque para as queimada.
Para o coordenador regional e diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado, a queda no período está relacionada, entre outros, com a fiscalização por satélite, que permite a identificação e intervenção mais rapidamente. Mas, mesmo com os dados estaduais apontando que a tendência deste ano está melhor que a do ano passado, ele chama a atenção para o baixo índice de chuvas e o risco trazido pelos focos de incêndio à saúde pública.
"Deve-se evitar queimadas, de qualquer tipo, lembrando que fabricar, armazenar ou soltar balões também é crime que deve ser denunciado pelo telefone 181", enfatizou.
O relatório da Operação também dá ênfase ao número de animais mortos. Os técnicos da Defesa Civil, em vistorias preventivas no entorno do Aeroporto de Viracopos, registraram 30 animais mortos, sendo a maior parte de animais domésticos, além de aves (urubus) e macacos (micos).
Além disso, há também a aplicação da multa. Somente este ano, já foram emitidas 34 multas, totalizando R$ 1,7 milhão. A penalidade é feita após uma equipe da Defesa Civil realizar vistorias no local e notificar à Secretaria Municipal do Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. As ações ainda estão sujeitas a recursos judiciais.
A Operação Estiagem também monitora as chuvas e o índice de Umidade Relativa do Ar (URA).
O balanço apontou que Campinas ficou 61 dias sem chuva desde o começo da Operação até a última terça-feira, conforme dados do Centro de Pesquisas Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (Cepagri), da Unicamp. Durante a vigência da Operação, foram emitidos 41 alertas de Estado de Atenção (quando a URA está entre 20% e 30%) até julho, e cinco somente no mês de agosto. Na comparação com maio a julho do ano passado, houve queda.
Na época, foram 60 alertas de atenção. O município entrou por quatro vezes em Estado de Alerta (URA entre 12 e 20%) em 2022, enquanto no ano passado foram 23 vezes no mesmo período. O ideal para o corpo humano é um índice de Umidade Relativa do Ar girando entre 40 e 70%.
