LAZER

Campinas estuda instalação de superaquário no Ecológico

Ideia do projeto, de R$ 20 mi, é levar a viagem pelos ecossistemas brasileiros

Maria Teresa Costa
01/03/2013 às 07:00.
Atualizado em 26/04/2022 às 02:39
Ilustração de um dos dois projetos apresentados pelos investidores para a construção do superaquário (Divulgação)

Ilustração de um dos dois projetos apresentados pelos investidores para a construção do superaquário (Divulgação)

A Prefeitura articula uma parceria público-privada para implantar um grande projeto de turismo e educação ambiental em Campinas — um aquário que terá como tema a representação de 20 ecossistemas brasileiros e mais de mil espécies de rios e mares.

Um grupo empresarial está disposto a fazer o investimento de R$ 20 milhões nesse projeto, mas quer a participação do Município no empreendimento, fornecendo a área. Um dos locais pensados é o Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, que será transferido pelo Estado para a Administração municipal e onde está prevista a implantação do Teatro Ópera Carlos Gomes.

Se não for possível construir a atração no Parque Ecológico, disse o secretário de Desenvolvimento Econômico, Social e de Turismo de Campinas, Samuel Rossilho, há outras áreas da cidade que poderão receber o empreendimento. Ele, porém, não informou quais. “Estamos em início de discussão, mas esse é um projeto que interessa a cidade porque oferece uma opção de lazer diferenciado para a região”, disse.

Os investidores, que não tiveram os nomes informados, estão propondo que o aquário seja um marco visual para Campinas, com um projeto arquitetônico atrativo e de leve ocupação do solo. Duas propostas arquitetônicas estão com a Prefeitura para que uma seja escolhida, caso o negócio se concretize.

A proposta dos empreendedores, informou Rossilho, é que o visitante se sinta passeando no Rio Amazonas, navegando no Pantanal, seguindo por costões e recifes litorâneos, caminhando nas águas de mangues, seguindo caminho da água até o mar. Haverá dois grandes tanques, com cerca de um milhão de litros de água cada, sendo um com espécies oceânicas e outro com espécies amazônicas, além de áreas para educação ambiental de forma a ampliar a difusão de conhecimentos sobre espécies dos mares e dos rios, e também sobre a água, seus ecossistemas e sua importância para a vida no planeta.

A proposta dos empreendedores, segundo o secretário, é que o espaço seja direcionado a projetos de educação e entretenimento, com preços acessíveis de ingressos. “Os investidores nos procuraram pensando em áreas dentro da cidade, tendo em vista o Aeroporto de Viracopos e o sistema de estradas, que facilitam o acesso, porque a perspectiva é que esse equipamento atrairá muita gente”, afirmou.

A estimativa é que a implantação leve dois anos, contados a partir da obtenção das licenças necessárias, como a ambiental. Se a opção for pela construção no Parque Ecológico, haverá necessidade também da autorização do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arquitetônico Artístico e Turístico do Estado de São Paulo (Condephaat), que em 1982 tombou a sede da Fazenda Matto Dentro, e também do Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc), que, além da casa-sede, também tombou, em 2002, as construções ali existentes e o projeto paisagístico da área, de Roberto Burle Marx.

É parte do projeto a franquia de ingressos aos estudantes da rede pública e capacitação de educadores. A expectativa é que o espaço atraia muitos visitantes. O atual aquário de Campinas, que funciona no Museu de História Natural, no Bosque dos Jequitibás, apesar de dimensões modestas, tem recebido, em média, 100 mil visitantes por ano. O espaço foi reformado em 2010 e conta com 13 aquários de água doce, sendo um de grande porte de 20 mil litros, e dez de água salgada, que apresentam espécimes da fauna exótica e da pesca dos oceanos Atlântico e Pacífico e de bacias hidrográficas brasileiras. 

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