JONAS DONIZETTE

Campinas e sua vocação regional

Campinas e região têm pela frente grandes desafios. Vivemos em um mundo marcado pelo desenvolvimento de processos econômicos, sociais e ambientais complexos. Encará-los e superar obstáculos exigem união

25/09/2013 às 15:49.
Atualizado em 25/04/2022 às 01:29
O ex-prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), é o provável vice-governador na chapa de Fernando Haddad PT) (Cedoc)

O ex-prefeito de Campinas, Jonas Donizette (PSB), é o provável vice-governador na chapa de Fernando Haddad PT) (Cedoc)

Campinas e região têm pela frente grandes desafios. Vivemos em um mundo marcado pelo desenvolvimento de processos econômicos, sociais e ambientais altamente complexos.Encará-los, usufruir dessas vocações e superar obstáculos exigem união.A nós, gestores públicos, cabem a disposição, o espírito crítico, a visão lúcida e as medidas apropriadas para fazer dessas possibilidades novas oportunidades para a RMC. É umimperativo a todos que se dedicam à missão de exercer cargos públicos.Campinas vive uma situação de estabilidade e de centralidade. É a grande força econômica e política da nossa região metropolitana, que, aliás, é a melhor do Brasil para se viver, de acordo com o Índice de Bem-Estar Urbano (IBEU), do instituto Nacional de Ciência e Tecnologia do Observatório das Metrópoles.A função de dínamo regional, igualmente, é inegável. Boa parte da população das outras cidades da RMC utiliza os serviços públicos, o comércio e atuam no mercado de trabalho de Campinas. São cerca de 500 mil pessoas do entorno que vêm diariamente para nossa cidade, gerando demandas principalmente nas áreas de transporte, saúde e segurança.A boa posição do município, todavia, não legitima a acomodação. O papel de liderança, na verdade, exige esforço redobrado em apontar caminhos e descobrir soluções que beneficiemnão só a população do município, mas também as cidades ao redor.A bandeira da integração regional ganha força e legitimidade com agendas focadas nobem comum. Proporcionar desenvolvimento humano, econômico e sustentabilidade deveorientar a base do trabalho conjunto.No âmbito do desenvolvimento humano, recentes ações em saúde, mobilidade urbana,  educação e segurança pública apontam caminhos para garantir qualidade de vida e boas perspectivas aos cidadãos que vivem em nossa região metropolitana. A recente liberaçãode recursos do governo federal para o cartão SUS regional é um passo importante no sentido de qualificar o planejamento dos gestores públicos em saúde da RMC. A medida visa a contemplar, de modo mais eficiente, as demandas dos moradores de nossas cidades. No tocante à mobilidade urbana, temos o projeto com o Governo do Estado para a implantação do trem metropolitano da CPTM, ligando Jundiaí, Louveira, Vinhedo, Valinhos eCampinas. O TAV é umprojeto federal que também interessa muito à região. A luta pela criaçãodo Instituto Federal de Educação e da Universidade Federal, igualmente, são medidas que trazem esperança de progresso humano à nossa população.Há ainda o contínuo interesse em garantir a segurança pública, e o recém-criado (Gamesp  Gabinete Metropolitano de Gestão Estratégica) vem buscando soluções conjuntas para a amplitude de desafios que nossa comunidade enfrenta em seu cotidiano.Quanto ao desenvolvimento econômico, a ampliação do aeroporto de Viracopos se apresentacomo o novo horizonte que vai balizar o cenário produtivo regional. Precisamos nos preparar para esse impacto, garantindo não só a atração de investimentos de grandes empresas,mas também auxiliando o pequeno e médio empresário a se qualificar para uma nova fase de aprofundamento da internacionalização da economia regional.Em nossa cidade, criamos  o “Exporta Campinas” justamente para isso: abrir novas janelas de oportunidade para nossos empreendedores. A sustentabilidade, por fim, deve ser o fundamento desse rol, pois apenas garantindo o uso inteligente do espaço físico e a viabilidade das comunidades que será possível criar um projeto consistente para a população de Campinas e região. O plano “Cidade Sustentável”, em implantação no município, visa proporcionar diagnósticos e soluções de qualidade para a população. O projeto “Cidades Resilientes” da ONU, de forma complementar, tornou-se uma das prioridades do município e fez de Campinas a única no Brasil a obter o certificado de Cidade Modelo das Nações Unidas, de modo a garantir comunidades mais seguras para enfrentar e evitar o risco degrandes desastres. O desenvolvimento só ganha consistência e profundidade com o esforço mútuo para o bem comum. Aos desafios que se desenham no futuro, a resposta está na cooperação respeitosa e cívica de todos nós. Jonas Donizette é prefeito de Campinas e vice-presidente da Frente Nacional de Prefeitos para Regiões Metropolitanas

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