O Comércio Varejista de Campinas e Região teve queda de 7,05% nas vendas em junho deste ano na comparação com maio, e redução de 1,17%
O Comércio Varejista de Campinas e Região teve queda de 7,05% nas vendas em junho deste ano na comparação com maio, e redução de 1,17% em relação a junho de 2018. As informações são da Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic), a partir da análise de dados do Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) de junho. Segundo a avaliação, com esses resultados, o Comércio Varejista acaba fechando o primeiro semestre estagnado, com o nível das vendas sem expectativa de melhora, seguindo os mesmos passos da economia global, dos indicadores macroeconômicos do Produto Interno Bruto (PIB) em constantes quedas, e com a previsão de fechar o ano com taxas e crescimento negativos. "Apesar de as vendas do Dia dos Namorados terem alcançado uma expansão de 2,05% sobre as vendas do mesmo período do ano passado, o comércio fechou o mês em queda, mais uma vez. Além disso, tivemos um feriado em 20 de junho que também reduziu os números das vendas", ressalta a Acic. O faturamento das vendas físicas atingiu em Campinas R$ 1,1 bilhão e R$ 2,6 bilhões na Região Metropolitana de Campinas (RMC), que somados aos R$ 250,7 milhões das vendas digitais, o faturamento total deve chegar aos R$ 2,8 bilhões no comércio regional, o que demonstra, mais uma vez, a necessidade do varejo da região dinamizar cada vez mais o e-commerce, segundo a associação. A participação do e-commerce ficou nos 9,50% sobre as vendas da região, correspondendo a 68.676 consultas, equivalentes a R$ 250,7 milhões, representando cerca de 12,30% dos R$ 2,21 bilhões vendidos no e-commerce nacional. Inadimplência Mesmo com os dados ruins sobre o desempenho nas vendas, junho teve um lado positivo. Uma pequena redução no nível da inadimplência, que em Campinas ficou 2,24% acima de maio de 2019, e 50,72% abaixo de junho de 2018, apresentando no período janeiro a junho deste ano, 107.743 carnês/boletos vencidos e não pagos há mais de 60 dias, representando R$ 77,6 milhões no endividamento dos consumidores. Na RMC, a inadimplência no período janeiro a junho de 2019, teve 259.622 carnês/ boletos vencidos e não pagos há mais de 60 dias, representando cerca de R$ 186,9 milhões no endividamento dos consumidores. "A economia está em compasso de espera em relação aos rumos econômicos do País. A Reforma Previdenciária deverá ser colocada em votação no início de agosto, de acordo com expectativas otimistas. Desta forma, constatamos que a tendência para o Varejo nos primeiros meses de 2019 é de incerteza quanto à recuperação das atividades econômicas" , explica a presidente da ACIC, Adriana Flosi. "Tudo faz crer que lá para o segundo semestre de 2020 a Reforma poderá estar em pleno vigor. Dessa forma, caso tudo se processe da maneira esperada, só em 2021 é que teremos uma possível melhora nas atividades econômicas do Comércio, Serviços e Indústria" , avalia o diretor e economista da ACIC, Laerte Martins. Indústria paulista tem saldo positivo no semestre A indústria paulista fechou 13 mil postos de trabalho em junho (-0,61%), mas contabilizou saldo positivo no semestre, com a abertura de 2,5 mil vagas (0,11%), na série sem ajuste sazonal. Feito o ajuste, houve recuo de 0,28% no mês. Os dados foram divulgados ontem pela Federação e Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp). "A geração de emprego foi fraca no 1º semestre, ficando abaixo das nossas expectativas. Esse resultado sinaliza que a indústria paulista deve ter fechamento líquido de vagas no ano de 2019", diz José Ricardo Roriz, 2º vice-presidente da Fiesp e do Ciesp. Apesar de haver expectativa de um saldo negativo na geração de vagas para a indústria paulista este ano, Roriz destaca que a atividade econômica deve ganhar ritmo com o andamento das reformas e a diluição das incertezas. Entre os setores acompanhados pela pesquisa, 77% apresentaram variações negativas, com 4 contratando, 17 demitindo e 1 permanecendo estável. Os principais destaques negativos ficaram por conta do segmento de veículos automotores, reboque e carroceria (-2.260), produtos alimentícios (-2.074) e confecção de artigos do vestuário e acessórios (-1.305). No campo positivo ficaram, principalmente, produtos diversos (318); bebidas (199) e celulose, papel e produtos de papel (156). A pesquisa apura também a situação de emprego para as grandes regiões do estado de São Paulo e em 37 Diretorias Regionais do Ciesp. Por grande região, a variação em junho recuou na Grande São Paulo (inclusive ABCD) (-0,52%), no ABCD (-0,82%) e no Interior (-0,62%).