RANKING IBGE

Campinas e Paulínia estão entre os maiores PIBs do país

Metrópole aparece na 12ª posição, com R$ 72,9 milhões, enquanto o Produto Interno Bruto de Paulínia foi de R$ 52,3 bilhões, o 21˚ maior do Brasil

Da Redação
25/12/2023 às 13:00.
Atualizado em 25/12/2023 às 13:00
Dário Saadi destacou a existência de medidas para melhorar os índices de Campinas: ‘temos a qualificação e cursos profissionalizantes para oferecer mão de obra especializada para as empresas, diminuímos impostos, como o IPTU, de galpões logísticos, para estimular o mercado e todo o setor de logística, e reformulamos a nossa lei de eventos para desburocratizar e facilitar o turismo de negócios’ (Kamá Ribeiro)

Dário Saadi destacou a existência de medidas para melhorar os índices de Campinas: ‘temos a qualificação e cursos profissionalizantes para oferecer mão de obra especializada para as empresas, diminuímos impostos, como o IPTU, de galpões logísticos, para estimular o mercado e todo o setor de logística, e reformulamos a nossa lei de eventos para desburocratizar e facilitar o turismo de negócios’ (Kamá Ribeiro)

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o ranking nacional das cidades em relação à participação no Produto Interno Bruno (PIB), entre 2020 e 2021, e a Região Metropolitana de Campinas (RMC) tem duas cidades entre as 25 principais: Campinas, que aparece na 12ª posição, e Paulínia, na 21ª. O PIB é uma medida do valor dos bens e serviços que determinada área produz num período de tempo e inclui setores como agropecuária, indústria e serviços. Na prática, ele mede o nível de riqueza e mostra se há produção, consumo, novos recursos e vendas.

Campinas alcançou o PIB de R$ 72,9 bilhões. Já o PIB de Paulínia foi de R$ 52,3 bilhões. O resultado, segundo nota da Prefeitura de Campinas, reflete a importância da série de investimentos e ações aplicadas pela Administração no período mais crítico da pandemia. A participação do município representa 0,81% do total do PIB nacional, contra os 0,58% da cidade vizinha. Em 2020, Campinas ocupava a 10ª posição, entretanto o IBGE destaca neste novo levantamento que a tendência de desconcentração da economia no país tem se repetido, e que o município deixou o 10º lugar somente em virtude do desempenho excepcional de Maricá-RJ, que passou da 26ª para a 8ª colocação entre 2020 e 2021 por conta do trabalho de extração de petróleo e gás. Em 2002, Campinas também ocupava o 10º lugar, enquanto Maricá estava na 354ª posição. 

“Campinas é uma das cidades mais importantes do ponto de vista econômico dentro do cenário brasileiro. Além de ser uma das cidades de crescimento e de economia forte, é centro de uma Região Metropolitana de mais de 3,3 milhões de habitantes, uma das regiões que mais cresce no país", destacou o prefeito Dário Saadi (Republicanos).

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação, Adriana Flosi, também comemorou o resultado. “Campinas cresce a cada dia e o levantamento do IBGE mostra a importância econômica da cidade para o país. Referência em educação e pesquisa, com universidades de ponta e o CNPEM, destaque em logística e turismo com Viracopos, e cada vez mais é um exemplo para outros municípios com uma economia diversificada, legislações modernas e investimentos em obras que tornam a cidade mais moderna e atrativa. Tudo isso associado a políticas de assistência social e qualificação de áreas importantes para a qualidade de vida da população, como saúde, ao planejar estruturas inovadoras, e transporte, ao colocar em prática o funcionamento do BRT”, disse.

Assim como outros municípios brasileiros, Campinas também sofreu impactos financeiros severos decorrentes da covid-19 e, por isso, a Prefeitura lançou diversas estratégias para aquecer a economia, além de estimular a geração de oportunidades de trabalho. A principal foi o Programa de Ativação Econômica e Social (Paes), lançado em 2021 com foco no estímulo à retomada da atividade econômica, consumo das famílias, proteção social e geração de empregos, capacitação/qualificação e melhora do ambiente de negócios. A iniciativa se reflete, por exemplo, no Mapa de Obras, que reúne 169 trabalhos em andamento e concluídos, com movimentação de R$ 1 bilhão e abertura de empregos.

“Constam uma nova Lei de Incentivos que tem dado resultados concretos na cidade e programas como a implantação do Sistema de Inspeção Municipal para produtos de origem animal. Temos também qualificação e cursos profissionalizantes para oferecer mão de obra especializada para as empresas, diminuímos impostos, como o IPTU, de galpões logísticos, para estimular o mercado e todo o setor de logística, e reformulamos a nossa lei de eventos para desburocratizar e facilitar o turismo de negócios. Várias ações do Poder Público de Campinas estão sendo e já foram feitas para fazer com que a cidade se torne cada vez mais referência em crescimento econômico e na macroeconomia do país", resumiu Dário.

DADOS NACIONAIS

No panorama nacional, os dados mostram que, no período, os cinco municípios com os maiores ganhos de participação no PIB foram Maricá-RJ, com crescimento de 0,5 ponto percentual, Saquarema-RJ, +0,3 ponto percentual; Niterói-RJ, com +0,2 ponto percentual, São Sebastião-SP e Campos dos Goytacazes-RJ, ambos com +0,1 ponto percentual. Na lista dos 25 municípios com maior participação, as novidades foram as entradas de Maricá (RJ) e Itajaí (SC), além das saídas de Sorocaba (SP) e Uberlândia (MG).

Além dos dados dos cinco municípios com os maiores ganhos de participação no PIB, o IBGE também divulgo as cinco quedas de participação mais intensas: São Paulo (SP), com perda de participação de 0,6 ponto percentual, Rio de Janeiro-RJ, -0,4 ponto percentual, Brasília-DF, -0,3 ponto percentual, Belo Horizonte-MG e Porto Alegre-RS, ambos os municípios com -0,1 ponto percentual.

“Os resultados expressam uma recuperação econômica das capitais e outras agregações com maior participação no PIB brasileiro que, por terem como atividade principal os serviços presenciais, foram fortemente afetadas pela pandemia de covid-19. No entanto, apesar do aumento nominal desse grupo de municípios em 2021, a participação deles no PIB ainda está aquém do patamar de 2019”, explicou Luiz Antonio de Sá, analista de Contas Regionais do IBGE.

Em 2021, 11 municípios responderam por quase 25% do PIB nacional e 16,6% da população brasileira, enquanto as 87 cidades com os maiores PIBs representavam, aproximadamente, 50% do PIB total e 36,7% da população do país. Em 2002, apenas quatro municípios somados representavam cerca de 25% da economia nacional.

Os municípios que responderam por cerca de 25% do PIB em 2021 foram: São Paulo-SP, com 9,2%, Rio de Janeiro-RJ, 4,0%, Brasília-DF, 3,2%, Belo Horizonte-MG, 1,2%, Manaus-AM, 1,1%, Curitiba-PR, 1,1%, OsascoSP, 1,0%, Maricá-RJ, 1,0%, Porto Alegre-RS, 0,9%, Guarulhos (SP), 0,9% e Fortaleza (CE), 0,8%.

Entre 2002 e 2021, Manaus-AM subiu da sétima posição para a quinta; CuritibaPR, passou da quinta para a sexta, Osasco-SP, da 16ª para a sétima, Maricá-RJ, da 354ª para a oitava, enquanto Porto Alegre-RS passou da sexta para a nona, Guarulhos-SP, da 14ª para a décima e Fortaleza-CE, da 12ª para a 11ª.

A tendência histórica de redução relativa da importância econômica dos grandes centros urbanos continuou em 2021. As duas maiores concentrações urbanas do Brasil somaram 23,2% de participação no PIB, após totalizarem 23,6% em 2020. São Paulo-SP passou a responder por 15,4% do PIB brasileiro, contra 16,2% em 2020. Tal resultado foi o recuo mais expressivo dentre todas as concentrações urbanas. O Rio de Janeiro-RJ, porém, aumentou sua participação, passando de 7,4% para 7,8% do PIB brasileiro em 2021. Esse foi o maior avanço verificado dentre as concentrações urbanas que expandiram sua participação no PIB de 2020 para 2021.

Dentre as 185 concentrações urbanas existentes no país em 2021, 132 perderam e 53 aumentaram sua participação no PIB nacional, confirmando a tendência de desconcentração. As grandes concentrações urbanas foram as que tiveram as maiores perdas. Entre as 53 que ganharam peso, somente 6 eram consideradas grandes concentrações urbanas (de um total de 26). Dentre as médias concentrações urbanas, o resultado também foi de redução, porém menos acentuada. Somente 47 médias concentrações urbanas ganharam participação em 2021 (de um total de 159).

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