EPIDEMIA

Campinas confirma 17 mortes por H1N1 no ano

A confirmação foi divulgada nesta terça-feira em um balanço da Secretaria de Saúde. Em 2016, foram registrados 139 casos de gripe, sendo 138 causados pelo H1N1

Raquel Valli
26/07/2016 às 19:05.
Atualizado em 22/04/2022 às 23:18
Vacinação dos profissionais de saúde contra H1N1 no Hospital das Clínicas (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Vacinação dos profissionais de saúde contra H1N1 no Hospital das Clínicas (Rovena Rosa/Agência Brasil)

Campinas registrou mais nove mortes pelo vírus H1N1 este ano. A confirmação foi divulgada nesta terça-feira em um balanço da Secretaria de Saúde. Em 2016, foram registrados 139 casos de gripe, sendo 138 causados pelo H1N1 e um caso pelo vírus Influenza B. Desses 139 casos, houve 17 mortes, todas causadas por H1N1, o que ratifica que a gripe este ano em Campinas é predominante causada por esse vírus específico. Das 17 mortes, 82% (14 pacientes) tinham pelo menos um fator de risco, como doença crônica, por exemplo. Dez eram homens e sete, mulheres. Cinco tinham mais de 60 anos e o restante, entre 28 e 59 anos. Os dados em Campinas são consolidados semanalmente. Hoje, a cidade tem 270 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Esses pacientes aguardam os resultados dos exames para determinar se a doença é devido a algum dos vírus da gripe. As amostras são coletadas no Município e enviadas a São Paulo, para o Instituto Adolfo Lutz, onde são analisadas. A campanha de vacinação contra a gripe terminou em 30 de junho. Em Campinas, Foram aplicadas 242.775 doses nos grupos prioritários e 71 mil em portadores de doenças crônicas, o correspondente a uma cobertura vacinal de 98,83%, a maior já registrada na cidade, informa a Prefeitura. Os centros de saúde que dispõem de doses continuam aplicando a vacina nos grupos prioritários, que é composto por crianças com idade entre 6 meses e 5 anos, gestantes, mulheres que deram à luz há, no máximo, 45 dias, trabalhadores da área de saúde e idosos. O médico infectologista Rodrigo Argerami, do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa) de Campinas, lembra que é preciso, durante todo o ano, manter as medidas que previnem a transmissão da doença e dos vírus que a transmite. “É preciso higienizar as mãos, principalmente antes de consumir algum alimento, após tossir ou espirrar; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza; evitar manter as atividades cotidianas, caso esteja com sintomas de gripe; e evitar aglomerações e ambientes fechados, além de manter os ambientes ventilados”, diz. A doença Gripe, ou influenza, é uma infecção causada por vírus. Afeta o sistema respiratório e é contagiosa. A transmissão é feita por meio de secreções das vias respiratórias quando a pessoa contaminada fala, tosse ou espirra. É possível também de forma indireta, quando as mãos tocam superfícies recém-contaminadas pelas secreções e o vírus é levado ao olhos, ao nariz ou à boca. Pode ter curta duração ou ser clinicamente grave. É responsável por mortes em grupos de maior vulnerabilidade, principalmente no Inverno.

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