Campinas chora perda de fundador da Apae

O corpo do professor Saulo Monte Serrat, um dos fundadores da Apae Campinas, foi cremado no final da manhã deste sábado, depois de ser velado desde a véspera no Cemitério da Saudade. Ele morreu de insuficiência renal aos 92 anos de idade. Deixa mulher, filhos e netos. A notícia foi lamentada profundamente por diretores, funcionários, pais de alunos e colaboradores da Apae. As redes sociais foram tomadas desde a noite de sexta-feira pelas manifestações emocionadas. O professor ajudou a transformar a Apae Campinas em um modelo de eficiência, mobilizando a comunidade para a construção de uma estrutura que presta assistência, hoje, a 210 pessoas portadoras de deficiências. Mesmo em época de crise, quando o desemprego e a crise econômica atormentam tantas famílias, a Apae consegue se manter e investe na própria modernização. O empenho histórico de Saulo, aliás, foi muito elogiado pela diretoria no final de fevereiro, quando a entidade inaugurou seu novo centro de capacitação profissional, que busca permitir a inserção dos alunos no mercado de trabalho. Febract Mas, muito além de colaborar com o sucesso da associação fundada há mais de meia década, Saulo construiu uma história soberba de atenção a pessoas usuárias de substâncias entorpecentes. O professor, mestre em psicologia, foi um dos fundadores da Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas (Febract). Ao lado de personalidades como o padre Haroldo Rahm, Saulo fez de Campinas uma referência no segmento. Nas redes sociais, os campineiros se referiram ao professor como um exemplo de ética, convicções e princípios. “Um legado que jamais será esquecido”, postou o vereador do PV, Luiz Carlos Rossini. Na página da Febract no Facebook, Ricardo Villar se referiu ao professor como sendo “a mente das comunidades terapêuticas de todo o Brasil”. E a internauta Zoraide Coelho, emocionada, escreveu: “Obrigado por ter existido, por deixar algo de bom em todo nós”.