Campinas adere a pacto para reduzir acidentes
Proposta é diminuir pela metade a mortalidade no trânsito até 2020
Campinas aderiu na terça-feira (14) ao Pacto Nacional de Redução de Acidentes do Trânsito, com a meta de reduzir pela metade, até 2020, a mortalidade no trânsito. Com um crescimento de 41,3% nas mortes nas ruas e estradas entre 2010 e 2011, a maioria em acidentes de moto, a Prefeitura criou o Observatório do Trânsito de Campinas, que vai agregar os dados existentes sobre a mortalidade e, a partir deles, planejar atividades e políticas públicas para a redução no número de acidentes com vítimas graves e fatais, e melhorar a fiscalização do trânsito.
Para a implantação do Observatório, a Prefeitura contará com R$ 250 mil do convênio entre o Ministério da Saúde e a ong Bloomberg Philantropies. A meta de redução da mortalidade é parte do esforço mundial coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU), que visa engajar a sociedade na luta contra a violência no trânsito.
O secretário de Transportes, Sérgio Benassi, informou que o Observatório será alimentado com as estatísticas e informações das secretarias de Saúde, Transportes, Segurança, além de informações de hospitais, policias militar e rodoviária e concessionárias de rodovias. A proposta é ter as informações georreferenciadas para formar um mapa dos fatores que contribuíram para o acidente. “Isso vai nos dizer se temos que fazer alterações nas vias, se vamos precisar aumentar a fiscalização e as medidas preventivas.”
Dados da Secretaria Municipal de Saúde mostram que nos últimos dez anos a cidade gastou R$ 1 bilhão com atendimento a acidentados no trânsito.
No Hospital de Clínicas da Unicamp, especialista em atendimento de traumatismos graves, o custo é de R$ 40 mil mensais por paciente internado em terapia intensiva.
