vigilância

Campinas acende sinal de alerta para dengue

Campinas teve 173 casos de dengue no começo deste ano, mais da metade do total de registros no município em 2018

Renato Piovesan
renato.piovesan@rac.com.br
13/03/2019 às 07:48.
Atualizado em 04/04/2022 às 22:51

Campinas teve 173 casos de dengue no começo deste ano, mais da metade do total de registros no município em 2018. No comparativo com o mesmo período do ano anterior (1º de janeiro a 10 de março), o aumento é de 38,38%. De acordo com dados da Vigilância Epidemiológica, a cidade não vive um surto, mas o sinal de alerta está ligado, já que em outras regiões do Estado, como Araraquara e Bauru, há uma epidemia nesses primeiros meses de 2019. Em todo o território paulista, a alta é de 605% em janeiro e fevereiro, com mais de 15 mil casos contabilizados. A coordenadora do programa de arboviroses de Campinas, Heloisa Malavasi, explica que a dengue se dissemina no Brasil com surtos cíclicos, a cada 3/5 anos, o que justifica a preocupação do momento. Em 2014 e 2015, por exemplo, o total de casos foi de 42,1 mil e 65,6 mil em Campinas, respectivamente. Em 2016, despencou para 3,5 mil, e em 2017 para apenas 131. Já no ano passado os registros voltaram a aumentar, subindo para 301 casos. "Esse ano já temos sentido um aumento bem sensível no número de casos e com certeza vai superar o ano passado. É uma doença cíclica, em que a cada três, quatro ou cinco anos tem aumento substancial de casos, e temos que estar preparados", disse Malavasi, que participou ontem do 4º Seminário Municipal Arboviroses, evento voltado aos profissionais de saúde das redes pública e privada com palestras sobre a situação das doenças, atualização técnica e manejo clínico da dengue, chikungunya, zika vírus e febre amarela no município, entre outras. "Esse aumento de casos certamente nos obrigará a mudar a forma de trabalhar nas ações de prevenção, controle de criadouros e tratamento de pacientes", encerra a profissional. Desde 2016, Campinas não registrou nenhum óbito por dengue. O diagnóstico das doenças arboviroses está disponível, assim como o manejo clínico, em todos os Centros de Saúde. A dengue é uma doença febril aguda causada por um vírus, sendo um dos principais problemas de saúde pública no mundo. É transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se desenvolve em áreas tropicais e subtropicais. Atualmente, a vacina é a melhor forma de prevenção da dengue. Existem quatro tipos de dengue, de acordo com os quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. Para se proteger da dengue, é importante apostar na prevenção, eliminando todas as fontes de água parada, que favorecem o desenvolvimento das larvas. A transmissão da dengue acontece durante a picada de um mosquito Aedes Aegypti infectado com vírus. Após a picada, os sintomas não são imediatos, pois o vírus tem um tempo de incubação que dura entre 5 a 15 dias. Passado esse tempo, começam a surgir os primeiros sintomas, que podem incluir dor de cabeça, febre alta, dor no fundo dos olhos e dor no corpo. DICAS Virar garrafas com a boca para baixo; Colocar terra nos pratos das plantas; Guardar pneus abrigados da chuva, pois são o ambiente perfeito para o desenvolvimento de mosquitos; Cobrir sempre a caixa d'água; Manter o quintal sem poça de água parada; Se avistar terrenos baldios com água parada em seu bairro, avisar a Prefeitura para que sejam eliminadas todas poças com água parada; Cobrir as piscinas piscinas.

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