INSEGURANÇA

Camelôs voltam a ocupar a Rua 13 de Maio à noite

Comerciantes do Centro de Campinas reclamam que o problema tornou a região mais vulnerável

Inaê Miranda
08/09/2013 às 16:30.
Atualizado em 25/04/2022 às 02:58
Lojas ainda estão abertas e camelôs já ocupam o calçadão da 13 de Maio, no Centro de Campinas ( Leandro Ferreira/AAN)

Lojas ainda estão abertas e camelôs já ocupam o calçadão da 13 de Maio, no Centro de Campinas ( Leandro Ferreira/AAN)

A presença de camelôs na Rua 13 de Maio, no Centro de Campinas, antes da abertura das lojas e após o fechamento, não é uma novidade. Mas o grande volume nos últimos meses tem atrapalhado o patrulhamento da Polícia Militar (PM) e da Guarda Municipal (GM), segundo a Associação Comercial e Industrial de Campinas (Acic). Verdadeiros corredores de ambulantes em bancas improvisadas, ou com os seus produtos expostos no chão, impedem a passagem dos carro da polícia. Os comerciantes reclamam que o problema tornou a região mais vulnerável à ação de criminosos.De acordo com Adriana Flosi, presidente da Acic, não sobra espaço para que os carros passem fazendo o patrulhamento. “Chamamos a Polícia Militar e a Guarda Municipal para fazer a reclamação da falta de segurança que estamos tendo na abertura e fechamento das lojas e a justificativa que deram é que não conseguem fazer a ronda por conta da quantidade de camelôs”, afirmou. A Acic também solicitou providências à Serviços Técnicos Gerais (Setec), autarquia que gerencia o solo público de Campinas, mas a resposta surpreendeu. “Para a Setec o problema não existe porque no momento em que estão lá, não conseguem presenciar nada”, afirmou.Os camelôs se instalam na Rua 13 de Maio pela manhã, antes da Setec chegar, das 6h às 8h, e no final da tarde, depois das 18h. “Eles aguardam a Setec sair para entrarem”, contou. Flosi ressaltou que quando o comércio fecha as portas à noite, as atividades continuam nas lojas. “Quando fecha ainda tem cliente lá dentro que precisa sair. Os funcionários vão fazer o fechamento. E a ausência do patrulhamento cria um momento de vulnerabilidade e muitas lojas tem sido assaltadas nesses horários, como foi o caso da Pernambucanas no sábado retrasado”.O que está sendo questionado, segundo a Acic, não é a presença dos ambulantes, mas a dificuldade do patrulhamento da polícia gerado pela quantidade e disposição deles no leito da via — segundo balanço da categoria, cerca de 90 camelôs trabalham no local. “Só pedimos que deixem os carros da polícia passar”, disse Flosi.Outro ladoSegundo representantes dos camelôs, um barracão da Fepasa foi destinado para a criação de um centro de compras popular, para onde os camelôs que estão na Rua 13 de Maio seriam encaminhados. “Temos o espaço, mas ainda não podemos mexer lá. Dependemos de reformas e de autorização do poder público”, afirmou Maria José. A Prefeitura disse que tem plano de levar o Trem de Alta Velocidade (TAV) para o Centro da cidade e, enquanto o traçado não estiver concluído, não tem como definir se será exatamente naquele barracão onde será o centro de compras.Durante reunião mensal com a Setec, realizada semana passada, Flosi aproveitou para tratar do assunto. “O presidente disse que está estudando uma maneira de nos ajudar para que possamos ter um melhor patrulhamento da PM e da GM”, disse.

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