Categoria decide parar as vendas à noite após aperto da fiscalização para negociar com a Setec
As remunerações variam de R$ 1.331,26 a R$ 2.562,07 (Elcio Alves/AAN)
Os vendedores ambulantes que expõem suas mercadorias diariamente na Rua 13 de Maio, no Centro de Campinas, no início da manhã e à noite para evitar a fiscalização decidiram não trabalhar nesta quinta e sexta-feiras (12 e 13) e esperar uma decisão definitiva da Prefeitura sobre a situação. “Vamos esperar a resposta final para que possamos voltar a trabalhar. Infelizmente, estamos perdendo dinheiro, o que nos fará falta no sustento da casa, mas não vamos enfrentar”, disse o vendedor ambulante Angelo Rigonato. Na tarde desta quinta-feira (12), houve uma reunião entre a Serviços Técnicos Gerais (Setec) e o Sindicato dos Informais, sem que se chegasse a uma decisão sobre a proibição de venda de produtos na rua.A Setec informou que ainda não há uma decisão e nenhuma outra reunião marcada para tratar do caso. As fiscalizações continuarão no local.A ação dos ambulantes no local tem gerado reclamações de que o grande volume de mercadorias espalhadas na rua atrapalha o serviço da Guarda Municipal (GM) e da Polícia Militar (PM). Os ambulantes negam e afirmam que a presença deles no Centro à noite contribui com a segurança. Quarta-feira (11), cerca de 50 camelôs foram até à Câmara para protestar. Eles apresentaram um abaixo-assinado com cerca de 2 mil nomes em apoio à venda das mercadorias. O documento traz assinaturas de gerentes das lojas, funcionários e dos consumidores.Antes do impasse vir à tona na imprensa na última semana, não havia fiscalização, principalmente em razão da falta de funcionários na Setec. Os camelôs se instalam na Rua 13 de Maio pela manhã, antes dos fiscais chegarem, das 6h às 8h, e no final da tarde, depois das 18h, quando já foram embora.