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Câmara recua e arquiva pedido de Processante

Pressionado pela falta de apoio entre os próprios colegas de base, o vereador Jorge Schneider decidiu retirar da pauta pedido de instalação de uma CP

Tote Nunes
tote.nunes@rac.com.br
27/06/2019 às 07:57.
Atualizado em 30/03/2022 às 23:43

Pressionado pela falta de apoio entre os próprios colegas de base, o vereador Jorge Schneider (PTB) decidiu retirar da pauta de ontem o pedido de instalação de uma Comissão Processante (CP) contra o vereador Tenente Santini (PSD) por quebra de decoro parlamentar. Schneider justificou a decisão dizendo que “parte significativa” dos vereadores decidiu se omitir e, por conta disso, preferiu retirar a denúncia. “Muitos dos vereadores estão agindo de forma omissa, aceitando (as acusações) de forma silenciosa, de forma estranha”, afirmou ele. “Se não querem a investigação, que cada um faça a sua própria defesa. Eu retiro a denúncia”. Com isso, o processo de cassação foi para o arquivo. O pedido de instalação de um processo de perda de mandato surgiu depois de declarações de Santini, na tribuna da Câmara. Após as prisões efetuadas pelo Gaeco, como parte da terceira fase da Operação Ouro Verde — que apura episódios de desvio de dinheiro no hospital municipal —, Santini fez duros ataques aos colegas do Legislativo e ao prefeito Jonas Donizette (PSB). Disse, por exemplo, que vereadores recebiam mensalinho do Executivo e que alguns parlamentares ficavam com parte do salário de assessores de gabinete. Disse ainda que parlamentares teriam indicado membros do PCC — a facção criminosa que atua dentro e fora dos presídios — para atuarem na Administração Municipal e que havia ladrões de banco entre os funcionários do Executivo. Schneider reagiu. Disse considerar as acusações “graves, genéricas e infundadas” e pediu que Santini provasse o que estava dizendo. Para obrigar o parlamentar a apresentar as provas, propôs a instalação da CP. Ele tinha a expectativa que a base iria se unir e determinar a cassação do colega. Mas não foi isso que aconteceu. O processo chegou a ser levado a plenário na última segunda-feira, mas a sessão teve ser suspensa por falta de quórum mínimo para deliberação. Foram apenas 14 votos a favor (de 33 vereadores). Os demais se ausentaram da sessão ou não quiserem votar. Com isso, a matéria entrou na pauta de ontem, mas nem chegou a ser levada a plenário. Ao perceber que não conseguiria convencer mais ninguém e que estava sob risco de até mesmo perder votos entre os 14 que havia conseguido na segunda, Schneider decidiu jogar a toalha. “Nenhuma das acusações feitas pelo Santini me atinge, mas eu não poderia me calar. Porque quem cala consente”, afirmou o vereador. “Na verdade, eu queria que o vereador Santini apontasse quem são os criminosos que estão aqui, para que a gente pudesse limpar a Câmara”, acrescentou. “A única coisa que eu espero é que Santini encaminhe as provas ao Ministério Público, para que possamos tirar essa gente da Câmara”, finalizou. O vereador Tenente Santini diz ter provas contra vereadores.

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