PARLAMENTAR

Câmara de Campinas gasta R$ 3,5 mil por micro

Compra de 281 computadores foi fechada em R$ 1 mi; segundo o Legislativo, foi o menor preço

Milene Moreto
07/11/2013 às 08:43.
Atualizado em 26/04/2022 às 11:35

A Câmara de Campinas comprou 281 computadores para o gabinete dos parlamentares ao custo de R$ 1 milhão, valor que equivale a R$ 3,5 mil por micro. A compra, reivindicação antiga dos vereadores, foi feita de forma parcial. A estimativa da Casa era gastar R$ 1,4 milhão para adquirir, além dos computadores, scanners, servidores, racks e notebooks. A empresa Guilherme Augusto de Godoy - ME foi a vencedora e deverá também prestar o serviço de manutenção. Esses outros itens não foram adquiridos porque não houve interessados ou o preço ofertado ficou superior ao estipulado pela Casa, que deve agora preparar novamente o processo de compra.Segundo informações do Legislativo, os computadores são da marca Positivo, possuem garantia de quatro anos, contam com chip de segurança, tela de 19 polegadas e 32 gigas e memória. Outras duas empresas que participaram da concorrência ofereceram os valores de R$ 5,8 mil e R$ 6,6 mil por unidade.Quando lançou a concorrência, o presidente da Casa, Campos Filho (DEM) alegou que a compra era “fundamental” para modernizar a Câmara, que contava com equipamentos “completamente obsoletos”, com mais de dez anos de uso. Segundo o democrata, a aquisição dos micros era uma reivindicação dos parlamentares, que também se queixavam da falta de mobiliário nos gabinetes.Logo que assumiu o posto de presidente, Campos afirmou que sua gestão teria como um dos focos dar infraestrutura para o trabalho dos parlamentares. Porém, o democrata recebeu críticas ao longo do ano devido à demora na compra dos computadores e do mobiliário. A relação entre Campos e os parlamentares chegou a ficar desgastada por diversas vezes em razão da cobrança para que a Casa comprasse equipamentos, móveis, material de escritório e até café. O presidente também trocou este ano toda a frota do Legislativo. JustificativaAlém da compra dos computadores, a Casa previa adquirir também servidores para armazenar os dados dos setores de Contabilidade, Tesouraria, Recursos Humanos, Almoxarifado, frota de veículos e produção legislativa. A alegação era de que os servidores trabalham “no limite”, sob o risco de perda de dados. Os notebooks seriam utilizados durante as reuniões da Casa. Segundo a Câmara, os palestrantes que participam hoje de audiências públicas utilizam seus próprios computadores para as apresentações.A compra dos scanners, segundo a Câmara, é planejada para que os documentos da Casa passassem por um processo de digitalização. Campos também encabeça um movimento de recuperação e preservação histórica por meio de um convênio entre a Prefeitura e o Centro de Memória da Universidade Estadual de Campinas.Segundo o Legislativo campineiro, existem hoje 90 mil documentos acumulados na Câmara desde 1937 e que foram tombados pelo patrimônio histórico. O democrata quer criar uma central para que esses papéis sejam disponibilizados para quem tenha interesse na história legislativa da cidade.

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