LEGISLATIVO

Câmara de Campinas 'desova' projetos antigos

Propostas emperradas há anos na Casa começam a ser discutidas e votadas

Milene Moreto
12/02/2013 às 22:59.
Atualizado em 26/04/2022 às 04:50

A Câmara de Campinas iniciou seus trabalhos com foco na “desova” de projetos antigos emperrados há anos na Casa.

Os motivos são vários, desde a crise que assolou o Palácio dos Jequitibás, pressões políticas contrárias aos projetos, até falta de interesse dos próprios autores em dar seguimento às propostas.

Na sessão desta quarta-feira (13), os parlamentares avaliam um projeto de lei de 2010, do então vereador Pedro Serafim (PDT).

No ano passado, o pedetista foi eleito prefeito de forma indireta e deixou a presidência da Câmara.

Outra proposta mais antiga, de 2008, é de autoria de Francisco Sellin (PMDB), vereador que não se reelegeu. A ideia de Serafim é instituir um plano cicloviário na cidade, enquanto Sellin propôs alterar o modelo dos semáforos no município.

A demora na tramitação do projeto de Sellin se deu, segundo ele, por forças políticas contrárias. “Rodou para lá, rodou para cá, ficou travado em comissões. A gente foi insistindo e, agora que eu deixei a Câmara, entrou na pauta”, disse o ex-parlamentar.

A proposta de Sellin pretende colocar na cidade semáforos inteligentes com contador regressivo de tempo para pedestres e motoristas. “Não tinha muito interesse da Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) neste projeto na época. Mas, veja, nem precisaria de projeto de lei para colocar isso em prática. As grandes cidades do País já adotaram esse sistema”, disse.

Na primeira sessão do ano, para a abertura dos trabalhos dos vereadores, todas as propostas colocadas em votação eram de ex-vereadores. Foram nove projetos. Na segunda reunião da Casa, foram cinco matérias de ex-colegas levados à discussão. Na pauta da reunião de hoje, são nove projetos, cinco deles de ex-legisladores.

O único projeto de lei em discussão na reunião desta quarta com data deste ano em pauta é de autoria do vereador Cidão Santos (PPS). O parlamentar quer que estabelecimentos comerciais de Campinas que reúnam uma grande quantidade de pessoas, como shoppings, casas de shows, hipermercados, universidades e lojas de departamento, tenham uma equipe de bombeiros e de primeiros socorros.

Na justificativa do projeto de lei, Cidão diz que a tragédia que vitimou centenas de jovens em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, foi o ponto de partida para propor uma lei em Campinas que preserve a população.

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