ASSUNTO ENCERRADO

Câmara de Campinas aprova reajuste de 15% a servidores e inicia recesso

Oposição tentou um aumento mais generoso, mas a proposta foi barrada

Da Redação
30/06/2022 às 09:32.
Atualizado em 30/06/2022 às 09:32
Vereadores participam de sessão da Câmara que aprovou o aumento de 15% no salário dos servidores, mais um auxílio-refeição de R$ 1.350,00 (Câmara dos Vereadores)

Vereadores participam de sessão da Câmara que aprovou o aumento de 15% no salário dos servidores, mais um auxílio-refeição de R$ 1.350,00 (Câmara dos Vereadores)

Os vereadores de Campinas aprovaram o reajuste de 15% aos servidores públicos municipais durante as duas sessões extraordinárias realizadas ontem no teatro Bento Quirino, local em que os trabalhos parlamentares estão acontecendo devido às obras na Câmara Municipal. As sessões, inclusive, encerraram também os trabalhos do Legislativo campineiro, que entra em recesso parlamentar a partir de amanhã, retornando em agosto.

Segundo o texto aprovado, o reajuste será aplicado com 12,1% retroativos a maio, e 2,8% ao mês de janeiro, e contempla os servidores da ativa, inativos e pensionistas do Instituto de Previdência Social do Município de Campinas (Camprev).

O acordo prevê também o aumento do auxílio-refeição para R$ 1.350, válido para os servidores que trabalham mais de 20 horas semanais, e aumento do auxílio nutricional para aposentados e pensionistas para R$ 221.

A sessão contou com uma grande presença de servidores públicos que questionaram o acordo feito pelo sindicato com a prefeitura. Bate boca e vaias aconteceram durante a sessão. Votaram contrário à aprovação do projeto os vereadores Mariana Conti (PSol), Gustavo Petta (PcdoB), Cecílio do Campo Grande (PT), Paola Miguel (PT), Paulo Bufallo (PSol) e Guida Calixto (PT).

Segundo os servidores, a manifestação ocorreu devido à decisão da maioria em assembleia não ter sido respeitada. Na ocasião da assembleia que definiu os reajustes, um protesto também foi deflagrado nas imediações do Paço Municipal. A pressão da categoria era por um acordo que garantisse aumento de 25,6%, e o valor de R$ 1.778 para o auxílio-refeição.

A bancada de oposição que votou contrária à aprovação do projeto tentou apresentar uma emenda com os percentuais reivindicados na então assembleia, mas não tiveram êxito e a propositura foi rejeitada pela Comissão de Legalidade da Câmara.

A vereadora Mariana Conti foi dura ao criticar o governo durante o uso da tribuna. No entendimento dela, o reajuste de 15% não repõe as perdas inflacionárias da categoria. "O prefeito e sua base não querem dar aquilo que é devido, que é recompor o que os servidores estão perdendo", disse.

O líder de governo, Luiz Rossini (PV), defendeu a proposta da Prefeitura ao argumentar que o percentual acordado foi o que a Administração pode arcar sem comprometer o orçamento. "A emenda apresentada não compete à Câmara agora discutir, o servidor merece ser valorizado, mas uma emenda de 25% vai aumentar a despesa da Administração e isso a Câmara não pode fazer", completa.

Durante toda a votação houve manifestação do público contra os vereadores que votaram a favor do projeto. Durante os trabalhos, chegou a ocorrer bate-boca entre o público e vereadores da base do governo que acompanhavam a sessão. O projeto foi aprovado em duas discussões, em ambas com 25 votos favoráveis.

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