LEGISLATIVO

Câmara avalia CP contra Santini

Pedido do vereador Jorge Schneider será 1º item de votação da pauta na segunda

Maria Teresa Costa
22/06/2019 às 09:42.
Atualizado em 30/03/2022 às 23:59

Câmara de Campinas decidirá na segunda-feira se instala Comissão Processante (CP) para cassar o mandato do vereador Tenente Santini (PSD) por quebra de decoro parlamentar. O pedido, do vereador Jorge Schneider (PTB), será o primeiro item de votação da pauta. Schneider quer que Santini apresente provas das acusações que fez na tribuna da Câmara contra os parlamentares. Entre elas, a de que há vereador que fica com salário de assessores, que indicam integrantes de facção criminosa para as Administrações Regionais, que compram carga roubada. “Quero que prove o que falou. Se tiver provas, então iremos em cima de quem estiver envolvido com crime. Mas se não tiver, então terá que arcar com as consequências”, disse Schneider. O clima na Câmara é pela aprovação da instalação da CP. Antes da definição de que o rito de investigação seria a processante, o parlamentar havia coletado 20 assinaturas para requerer investigação pela Corregedoria. Santini não atendeu as ligações do Correio. Se a instalação da comissão for aprovada, a Câmara fará o sorteio dos três vereadores que formarão da CP, que terá 90 dias, a partir da notificação a Santini, para realizar os trabalhos. Nesse período, serão ouvidas testemunhas arroladas pela defesa e acusação e será apresentado relatório pela admissibilidade ou não da denúncia, que será votado no Plenário da Casa. Se o relatório for pela cassação e o plenário referendar, o vereador perderá o mandato. Será a segunda vez que a Câmara instala processante contra parlamentar. A primeira foi em 1990, para apurar denúncia contra o vereador e corregedor do Legislativo João Dirani Júnior (PRP). Ele foi acusado de falta de decoro parlamentar ao praticar advocacia administrativa, por oferecer serviços de revisão de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para empresas utilizando de seu cargo na Câmara. Ele foi investigado ainda pelo uso do carro oficial em uma viagem para Marataízes (ES), onde teria agredido o motorista André Ramatis Vanderley, da Câmara. Dirani Júnior renunciou ao seu mandato para escapar da cassação e da perda dos direitos políticos, o que o tornaria inelegível por oito anos.

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