A medida é de autoria do Executivo e passa a valer a partir de janeiro, após a sanção do prefeito Jonas Donizette (PSB)
Sessão da Câmara dos Vereadores de Campinas (Leandro Ferreira)
Sob vaias de trabalhadores e protestos de parlamentares da oposição, a Câmara de Campinas aprovou ontem, em segunda votação, o reajuste dos servidores públicos municipais. A medida é de autoria do Executivo e passa a valer a partir de janeiro, após a sanção do prefeito Jonas Donizette (PSB). Para os trabalhadores, o índice baixo, oferecido de forma parcelada, significa o congelamento dos salários. Já a oposição argumentou que a Administração usa a crise como justificativa para retirar direitos da população e dos trabalhadores. O projeto determina o reajuste em 1,09% a partir de 1º de janeiro de 2018; o mesmo índice para o dia 1º de janeiro de 2019 e uma terceira parcela de 1,08% a partir de 1º janeiro de 2020. O projeto de Lei também prevê reajuste a partir de 1º de janeiro de 3,26% no valor do auxílio-refeição para servidores da ativa com jornada igual ou superior a 20 horas semanais - mesma condição aplicada para o auxílio-nutricional a aposentados e pensionistas que não recebam mais que três vezes o valor do piso da categoria. Os reajustes não serão aplicados para os vencimentos do prefeito, vice-prefeito, secretários e ocupantes de cargo em comissão. O vereador Pedro Tourinho (PT) chegou a apresentar uma emenda, que foi rejeitada. Gustavo Petta (PCdoB) considerou que a proposta reduz o salário dos servidores. “A proposta do prefeito é diminuir o poder de compras. E diminuir na prática os salários dos servidores municipais”, disse. “O governo usa a crise como justificativa para não fazer o reajuste de salário, mas vários contratos da Prefeitura foram reajustados”, afirmou Mariana Conti (PSOL). Parlamentares da situação defenderam que a medida é necessária por conta da crise econômica local e nacional.