HOSPITAL DA MULHER

Caism trata câncer preventivamente

Mulheres saudáveis, mas que apresentam genética de alto risco, passam por programa pioneiro

Agência Anhanguera de Notícias
correiopontocom@rac.com.br
08/07/2018 às 19:16.
Atualizado em 28/04/2022 às 15:10

Ultrassonografia é um dos exames importantes para detectar a doença; mulheres com histórico familiar devem repetir o exame regularmente (Divulgação)

O Hospital da Mulher – Caism oferece assistência de modo pioneiro a um grupo particular de mulheres da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Elas são saudáveis, mas podem ter em sua genética um alto risco para câncer ginecológico e mamário. Essas pacientes estão sendo atendidas preventivamente no Ambulatório de Alto Risco para Câncer de Mama e de Ovários, que investiga uma provável mutação genética para essas doenças. A novidade foi publicada no Portal da Unicamp. Segundo César Cabello dos Santos, professor do Departamento de Tocoginecologia da Faculdade de Ciências Médicas e coordenador da Área de Mastologia da Divisão de Oncologia, esse é um atendimento diferenciado, visto que o hospital somente recebe casos de maior complexidade, o chamado nível terciário. “Nessa situação, porém, também estamos atuando na atenção primária e secundária, pelo grande risco de vida à mulher, inclusive para aquela que está aparentemente bem”, explicou. De acordo com o médico, essas mulheres já vêm ao ambulatório com algum antecedente familiar para câncer de mama de primeiro grau, na pré-menopausa, ou seja, mães, irmãs ou filhas com histórico desses cânceres antes dos 50 anos. “Cerca de 40% dos casos novos do câncer de mama atendidos pelo Caism ocorrem abaixo dessa idade, fenômeno típico de um país em desenvolvimento como o Brasil”, disse. Se a mãe teve câncer de mama jovem, a filha já pode ser inserida nesse ambulatório, onde são atendidas situações de maior gravidade ainda: da avó com câncer de mama aos 45 anos, da mãe aos 40 e da irmã aos 30. Essas combinações têm aumentado o risco dessas doenças, segundo César Cabello. Por isso, as mulheres com antecedente familiar de alto risco devem passar por abordagem minuciosa, que inclui, por exemplo, visitas mais frequentes ao mastologista e ginecologista. Elas necessitam de um maior acompanhamento e de receber orientações sobre rastreamento, anticoncepção, reposição hormonal. “Muitas não são mães e, por essa causa, é preciso discutir a preservação da sua fertilidade e, quando é esse o caso, avaliar quais os métodos contraceptivos mais seguros, isso porque nem todas podem ingerir pílula ou tomar hormônios”, explica o mastologista. Se o risco é muito alto (acima de 40%), elas são orientadas quanto às mastectomias bilaterais redutoras de risco, com retirada da mama e as salpingooforectomias redutoras de risco, com retirada dos ovários (ooforectomia) e da trompa de Falópio (laqueadura). Essas cirurgias redutoras de risco são chamadas popularmente de mastectomias e salpingooforectomias profiláticas.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Anuncie
(19) 3736-3085
comercial@rac.com.br
Fale Conosco
(19) 3772-8000
Central do Assinante
(19) 3736-3200
WhatsApp
(19) 9 9998-9902
Correio Popular© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por