CAMPINAS

Caism suspende internações na UTI Neonatal

A UTI trabalha com 180% acima da capacidade: há 27 recém-nascidos internados, mas há apenas 15 vagas

Raquel Valli
17/05/2016 às 18:04.
Atualizado em 23/04/2022 às 00:22
O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) (  Cedoc/RAC)

O Centro de Atenção Integral à Saúde da Mulher (Caism) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) ( Cedoc/RAC)

O Centro de Atendimento Integral à Saúde da Mulher (Caism) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) suspende às 18h desta terça-feira (17) a internação de pacientes na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI) e na Unidade de Cuidados Intermediários (UCI). O motivo é a superlotação. Nesta terça, a UTI trabalha 180% acima da capacidade: há 27 recém-nascidos internados, onde há vagas para 15. As informações são do próprio hospital, que passou um comunicado à imprensa no final da tarde. “A direção esclarece que vem trabalhando acima de capacidade máxima nas últimas semanas, muito próximo do limite humano, da área física e de equipamentos”. A Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo informou “que está ciente sobre a situação do Hospital da Mulher e tem encaminhado pacientes para outras unidades da região, de acordo com o quadro clínico de cada um”. Esse encaminhamento é feio pela Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross). O sistema é online, funciona 24 horas e busca vagas de terapia intensiva disponíveis em várias unidades (não apenas nos hospitais estaduais), mas na região de origem do paciente. “Vale ressaltar que o Sistema Único de Saúde (SUS) funciona em rede e, se houver eventualmente ocupação máxima de leitos em uma determinada cidade, os pacientes podem ser transferidos a outros hospitais da região e do Estado que ofereçam esse recurso. Nenhum paciente deixará de ser atendido na região”, complementa o comunicado enviado à imprensa. A reportagem também contatou a Prefeitura porque, embora o hospital seja estadual, ele atende moradores da cidade. A Secretaria Municipal de Saúde informou que foi notificada sobre o fechamento e que “imediatamente tomou medidas cabíveis, o que inclui a transferência de alguns pacientes”. Lembrou que “o sistema de Urgência e Emergência exige responsabilidade compartilhada, e, que, portanto, as instâncias municipal (hospitais Celso Pierro e Maternidade de Campinas, Samu e Central de Regulação Municipal) e estadual (Departamento Regional de Saúde VII – DRS VII, Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde) estão envolvidas na organização do sistema para garantir assistência a todos os casos”. Campinas tem 49 leitos de UTI e 36 de UCI para recém-nascidos. Sob a gestão municipal estão 34 de UTI e 21 de UCI, distribuídos nos hospitais Celso Pierro, da PUC, e na Maternidade de Campinas.

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