CONGRESSO

Burocracia 'emperra' vida de empreendedor, admite Dilma

A presidente participou da abertura do XIV Congresso da Facesp, em Campinas

Agência Estado
19/11/2013 às 11:53.
Atualizado em 26/04/2022 às 14:04

A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira, 19, que o o capital "é commodity, é imprescindível, mas o empreendedor é o sujeito do processo de que o País precisa para se desenvolver". Dilma ressaltou que o empreendedor é exemplo "de coragem e ousadia", pois assume os negócios em um momento em que, nas suas palavras, tudo está indefinido."Vocês fazem a diferença em um país como o Brasil, que, sem dúvida, precisa de uma rede de empreendedores e precisa que a rede seja forte". A presidente participa, na manhã desta terça-feira, da abertura do XIV Congresso da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), em Campinas.Dilma Rousseff avaliou que o País vive uma realidade diferente da de 1963, quando a Facesp foi fundada. "Criamos condições para a transformação da população em cidadãos consumidores e, portanto, criamos um grande mercado de consumo que é a fonte de dinamismo para todos os setores", completou. A presidente também aproveitou para repetir que a força da economia do Brasil está na estabilidade. Assim como fez na última sexta-feira, 15, no congresso do PCdoB, e, na segunda-feira, 18, pelo Twitter, Dilma comentou vários pontos macroeconômicos. Lembrou que pelo 10º ano consecutivo o País fechará com a inflação dentro da meta (abaixo do teto de 6,5%), com a dívida de 35% do PIB e US$ 376 bilhões de reservas internacionais."Dos 20 países mais desenvolvidos, apenas seis produzem superávit primário. Somos o terceiro, considerando o tamanho do superávit: o primeiro é a Arábia Saudita, a Itália é a segunda e o Brasil é o terceiro", explicou. Ela reafirmou que o Brasil tem fundamentos econômicos sólidos e em um cenário inverso ao de redução drástica de empregos no mundo, com a implementação de políticas para estimular a produção. "Emprego, renda e estabilidade macroeconômica dão a base do mercado de consumo que mostra oportunidades diversificadas", disse.A presidente citou ainda as políticas sociais que contribuíram para que no Brasil tenha tirado 36 milhões de pessoas da miséria o que levou à criação de um "mercado pujante" de consumo. "O dinamismo do comércio e da indústria significou oportunidades para milhões de brasileiros, que é ter seu próprio negócio. Sonho precisa ser regado e apoiado", completou, lembrando que 80% dos CNPJs ativos são de micro e pequenas empresas no País e que a adesão ao Simples cresceu 40% desde 2011, o que mostraria o acerto no processo.Burocracia 'emperra' vida de empreendedor A presidente Dilma Rousseff disse que a burocracia complica a vida dos empreendedores, do cidadão e do governo, "porque processos decisórios emperram", disse. Segundo ela, é preciso "pensar simples", o que justificaria a criação da Secretaria da Micro e Pequena Empresa no governo. A presidente considerou que a burocracia é a junção de volume de papéis e falta de prazo e cobrou a informatização após a desburocratização dos processos. "Temos de aproveitar a revolução da informática e internet para transformar os processos, mas primeiro é preciso desburocratizar e informatizar", disse. "Não podemos informatizar a burocracia, temos de facilitar, porque a burocracia provoca custos e desperdícios", completou. A presidente cobrou a melhoria da produtividade das indústrias e do governo. "Combater essa burocracia é combater esse processo de prazos longos e melhorar a produtividade". Dilma admitiu ainda que a abertura de uma empresa é um processo mais longo e dispendioso no Brasil do que em outros países e disse que a simplificação para a abertura de pequenas empresas, anunciada no evento, será expandida para todas as partes. Dilma fez a promessa de persuasão às esferas públicas de que a primeira visita dos fiscais às empresas será sempre orientadora. "Relação entre empresa e Estado não pode ser de confronto, mas de colaboração", e concluiu: "Não há uma oposição entre governo e empresários. Sobretudo, há vontade do meu governo de colaborar com os empresários". Veja também Associações comerciais trazem Dilma a Campinas Presidente estará na cidade para participar de congresso das entidades do Estado de SP

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