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BRT desiste de desapropriações

O secretário municipal de Transportes e presidente da Emdec, Carlos José Barreiro, confirmou ontem que foram canceladas as desapropriações

Alenita Ramirez
18/07/2019 às 07:53.
Atualizado em 30/03/2022 às 22:45

O secretário municipal de Transportes e presidente da Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec), Carlos José Barreiro, confirmou ontem que foram canceladas as desapropriações previstas para a construção dos corredores do BRT (Bus Rapid Transit, Ônibus de Trânsito Rápido) no bairro do Botafogo e em outras quatro regiões da cidade. Segundo ele, as desapropriações, que envolveriam casas e terrenos, foram revistas em função de alterações no projeto original com o objetivo de gerar economia, agilidade nas obras e evitar ações judiciais. O cancelamento, segundo Barreiro, significa uma economia de R$ 8 milhões e também traz alívio aos moradores, que não terão de deixar suas casas.  “O maior ganho com essa mudança é para os moradores desses imóveis, pois eles não serão afetados”, disse o secretário. A mudança no projeto também colabora para que as obras sejam entregues dentro do prazo estabelecido pela Administração — no final do primeiro semestre de 2020. De acordo com Barreiro, o cancelamento das desapropriações já foi considerado no projeto. Agora, o trabalho técnico com a mudança no projeto está sendo feito, a fim de detalhar o método construtivo do corredor para que não haja mudanças estruturais nas ruas. Ainda segundo o secretário, a adaptação será feita de uma forma que gere segurança para os imóveis que permanecerão nas vias. “Será usado o mesmo padrão dos outros trechos do corredor, o diferencial é que teremos que usar outros componentes para garantir a circulação dos ônibus, sem afetar a estrutura dos imóveis”, explicou Barreiro. O trecho do BRT no Botafogo abrange um traçado de 1,5km (ida e volta) na Rua Saldanha Marinho, entre as ruas Dr. Mascarenhas e 11 de Agosto, na confluência com Rua Marques de Três Rios. Neste traçado havia ao menos 15 imóveis que corriam o risco de desapropriação em formas diferentes — total ou parcial. Com o cancelamento nessa área, o secretário calcula que haverá uma economia em torno de R$ 1,5 milhão, mas esse valor será revertido na adequação do projeto. A obra no trecho está prevista para começar em 40 dias. O traçado na região do Botafogo faz parte do trecho 1.1 do Lote 1 do Corredor Campo Grande, que ligará a região central à Vila Aurocan, com extensão de 4,3 km; além de todo corredor perimetral, com 4,1km. O responsável pelo Lote 1 é o Consórcio Corredor BRT Campinas, formado pela D. P. Barros, Trail, Arvek, Enpavi e Pentágono. O valor total desse lote foi orçado no projeto inicial em R$ 88,9 milhões. Além deste trecho do BRT no Botafogo, Barreiro citou que outras desapropriações também foram suspensas ao longo da implantação do projeto. A segunda maior alteração, que envolve imóveis, foi na Avenida John Boyd Dulop, no Jardim Londres, onde havia 11 casas que seriam desapropriadas. As demais suspensões foram de pequeno porte, para terrenos, e aconteceram nas proximidades do Terminal Ouro Verde; na Avenida Camucim, na Avenida Mirandópolis — antigo leito da linha de trem —, e na Avenida John Boyd Dulop, na altura da Vila Aurocan. Até o final deste mês, está previsto a entrega de 5km do BRT Campo Grande, que vai do viaduto da Rodovia dos Bandeirantes até o viaduto da linha férrea do Jardim Florence.

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