Bolsonaro visita RMC e filia ao PL candidatos à reeleição

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) esteve na sexta-feira (1) em duas cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC). Em Americana, o político almoçou em uma churrascaria, às margens da Rodovia Anhanguera, com o prefeito Chico Sardelli, que deixou o PV e se filiou ao PL para possivelmente concorrer à reeleição neste ano. Em Nova Odessa, Bolsonaro encontrou o ex-prefeito Benjamim Bill Vieira de Souza (PL) em um posto de combustíveis da cidade em apoio ao pré-candidato a prefeito no pleito de outubro. A estratégia de Bolsonaro, segundo disse em seu discurso em Nova Odessa, é realizar um trabalho de fortalecimento de base do partido e da direita, ação que não ocorreu quando Bolsonaro ocupou a presidência da República. Esse trabalho de base, inclusive, foi um dos motivos apontados pela equipe do ex-presidente para justificar a derrota sofrida nas eleições de 2022 para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Boa tarde, Nova Odessa. Agradeço todos aqueles que puderam comparecer no domingo na Avenida Paulista. É um movimento pelo Brasil, pela nossa pátria e pela nossa liberdade. Parabéns a todos vocês. A convite do nosso presidente da Assembleia Legislativa passamos aqui para dar um abraço no Bill, que se filiou ao nosso partido. Nós devemos acreditar em nossa pátria, o caminho é a política. Tenho certeza que, no corrente ano, a direita conservadora fará uma grande base para 2026”, afirmou.

“Esse calor humano, esse 'bafo na cara' é muito bemvindo, porque é o bafo do povo brasileiro. Muito obrigado a todos vocês. Eu sou o ex mais amado do Brasil”, declarou ao público de cerca de mil pessoas na cidade de Nova Odessa.

Hoje, Bolsonaro estará em Santa Bárbara d'Oeste, em encontro previsto para acontecer no final da manhã, às 11h30, com o prefeito Rafael Piovezan, que deve deixar o MDB para ingressar no PL. Piovezan e possivelmente tentará a reeleição este ano.

No último domingo (25), apoiadores de Bolsonaro se reuniram na Avenida Paulista, em São Paulo. Com camisetas do Brasil e bandeiras de Israel, os apoiadores chegaram em ônibus com placas de cidades do interior paulista e de outras localidades. Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 por abuso de poder político e econômico. A decisão partiu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No evento, Bolsonaro teceu críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu anistia a manifestantes condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. O ex-presidente disse, na ocasião, que os condenados eram seus “aliados”.

Bolsonaro ainda é alvo de apuração da Polícia Federal (PF) e da própria Suprema Corte devido aos atos antidemocráticos de 8 de janeiro do ano passado na sede dos Três Poderes, em Brasília. Os envolvidos têm sido condenados por crimes como tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

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