RESSACA ELEITORAL

Bolsonaristas revoltados insistem em fechar rodovias na região de Campinas

Manifestantes bloquearam dois trechos da Anhanguera e acesso de caminhões ao Aeroporto Internacional de Viracopos

Da Redação
26/11/2022 às 09:53.
Atualizado em 26/11/2022 às 09:53
Bolsonaristas detidos pela Polícia por desacato tentaram intimidar a reportagem do Correio Popular (Rodrigo Zanotto)

Bolsonaristas detidos pela Polícia por desacato tentaram intimidar a reportagem do Correio Popular (Rodrigo Zanotto)

Bolsonaristas inconformados com o resultado das eleições presidenciais deste ano voltaram a protagonizar ações de bloqueio de rodovias, violência e vandalismo na região de Campinas. Na última quarta-feira, um grupo de manifestantes fechou dois trechos da Rodovia Anhanguera, próximos ao distrito de Nova Aparecida. Na sexta-feira (25), eles voltaram a impedir o direito constitucional de ir e vir das pessoas, bloqueando a avenida que liga a Rodovia Santos Dumont ao Aeroporto Internacio de Viracopos. Nos dois episódios, os atos iniciaram ainda na madrugada e foram dispersados com ação da Polícia. Um homem foi preso no último ato por desacato contra um policial militar rodoviário. Foi arbitrada uma fiança de R$ 1.200,00.

No primeiro caso, o ato aconteceu na madrugada de quarta-feira, 22, nos quilômetros 99 e 105 da rodovia Anhanguera, próximo ao distrito de Aparecidinha. A passagem foi bloqueada com o uso de madeiras e entulho. Para liberar o tráfego de veículos, o material foi retirado da via após a intervenção da Polícia Militar e de funcionários da concessionária que administra a rodovia.

No quilômetro 105, próximo à avenida Minasa, limite com Sumaré (SP), os bolsonaristas danificaram dez caminhões que estavam nas imediações, momentos antes de fugirem do local. Os veículos tiveram suas mangueiras de ar cortadas. Funcionários da AutoBan, empresa que administra o Sistema Anhanguera/ Bandeirantes, auxiliaram os proprietários dos caminhões a fazer a manutenção das mangueiras avariadas.

Na sexta-feira (25) foi a vez da avenida que dá acesso ao Aeroporto Internacional de Viracopos sofrer com a ação dos manifestantes. Por volta das 4h30, cerca de 20 pessoas fecharam o único acesso ao aeroporto com o uso de madeiras e paletes. Portando camisetas com as cores do Brasil e bandeira nacional, o grupo impediu o acesso de caminhões ao Terminal de Cargas, liberando apenas veículos menores de seguirem ao aeroporto sob a condição de trafegarem pelo acostamento. A Polícia Militar Rodoviária, Polícia Civil e Federal foram até o local e solicitaram a retirada do material da via e a dispersão dos manifestantes. Para retirar as madeiras, foram utilizadas uma pá-carregadeira e um caminhão basculante.

Inconformado com a decisão das autoridades de segurança de desbloquear a rodovia, um homem que liderava o grupo de manifestantes bolsonaristas foi preso pela Polícia Militar por desacato e liberado logo a seguir sob o pagamento de fiança. O tenente PM Nobre disse que a medida de desbloquear a rodovia foi tomada para assegurar o direito de ir e vir dos motoristas. O homem foi detido e encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil que fica nas dependências do aeroporto de Campinas. O detido foi ouvido pela autoridade policial e estipulada uma fiança de R$ 1.200,00.

Intimidação

Uma equipe do Correio Popular foi até a Delegacia de Polícia do aeroporto. No local, junto com o homem detido pela polícia, haviam outros apoiadores. No momento em que o repórter-fotográfico foi registrar com foto o averiguado, acompanhantes deste homem tentaram intimidar e questionaram o trabalho feito pelos repórteres.

Um dos homens, colocou uma garrafa de água frente a lente da câmera fotográfica, impedindo de fazer a foto. Dizendo que iam acionar advogados para possíveis processos, com o uso de seus aparelhos celulares, eles tiraram fotos dos profissionais de imprensa.

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