Em Barão Geraldo e Joaquim Egídio, houve pelo menos 6 grupos de Carnaval
Os blocos dos distritos de Barão Geraldo e Joaquim Egídio, em Campinas, garantiram a folia de milhares de crianças, jovens, adultos e idosos no fim de semana. Em Barão, ao menos cinco blocos levaram mais de 3 mil pessoas às ruas nos dois dias. No domingo (10), mesmo debaixo de muita chuva, o Bloco União Altaneira sacudiu Barão Geraldo, com a participação da Bateria Alcalina, formada por músicos da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
O grupo agita o Carnaval de rua há sete anos e foi fundado por duas baterias de escolas de samba da cidade e um grupo de artistas plásticos, segundo o ritmista André de Oliveira Andrade. Neste ano, o bloco fez uma “singela” homenagem ao circo.
O Bloco As Caixeirosas, que se apresentou no sábado, pelo oitavo ano consecutivo, reuniu famílias, turistas e teve bonecos gigantes, inspirados no Carnaval de Olinda.
A atriz inglesa Naomi Silman, de 41 anos, que casou-se com um brasileiro e mora em Barão há 15 anos, sempre leva as filhas, de três e cinco anos. “É um ambiente muito familiar, dá para trazer crianças tranquilo”, ressaltou.
A estudante Silmara Heloísa Mateus, de 20 anos, caiu na folia vestida de Maria Fuá, a boneca gigante afilhada das Caixeirosas. Ela e mais 12 turistas vieram de São Bernardo do Campo de van para conferir a fama do bloco. “O Carnaval daqui é muito animado e diferente do que estamos acostumados em São Paulo”, ressaltou Silmara.
Já as bonecas gigantes Rosalinda e Maricota, criadas pela artista plástica Natasha Faria, alegraram o Carnaval da molecada. Aos 22 anos, a funcionária pública Bianca de Medeiros se divertiu pelo segundo ano consecutivo vestindo-se com a gigante Rosalinda, que jogava até beijos para os foliões. “Eu gosto muito de me fantasiar de Rosalinda, nem ligo para o calor.”
O carioca Cláudio Oliveira, de 32 anos, levou, além da esposa e das duas filhas, o cão golden retriever da família, que também caiu na folia. “É a primeira vez que estamos aqui. Estamos nos divertindo muito. É bom poder trazer toda a família”, disse Oliveira, enquanto as filhas davam um banho de espuma no cachorro, que também pareceia se divertir.
Cerca de 50 “caixeiras” se revezaram no palco instalado da Praça do Côco durante quatro horas. “É maravilhoso poder estar aqui. Ensaiamos apenas um mês antes da festa, mas está tudo maravilhoso, até o tempo, que parecia não ajudar, firmou”, disse Maria Cristina Bueno, uma das fundadoras do bloco, cujo nome vem de caixeiras e rosas.
O Grupo de Pífanos Flautins Matuá assumiu a festa da praça em seguida e garantiu a folia até a noite, com ritmos nordestinos.
Já o Bloco Ferradura surgiu este ano numa conversa de bar entre amigos que adoram sertanejo. O grupo traz uma proposta diferente e em seu primeiro Carnaval já atriu centenas de foliões. “Queríamos uma ideia nova, não queríamos o Carnaval tradicional. Somos o primeiro bloco sertanejo de Campinas”, explicou Israel Alves, apoiador do bloco e dono do bar onde a ideia surgiu.
Joaquim Egídio
Mais de mil foliões acompanharam o Bloco Unidos da Tribo, em Joaquim Egídio. Pela primeira vez nobloco, a foliã Flávia Juliani se divertia com uma fantasia de boneco de Olinda.
“É muito bom o Carnaval daqui. Vim de Campinas e estou adorando.” O casal Maiara Golnçalves e Eduardo Alves se surpreendeu com a festa. “Estamos muito surpresos, realmente é muito bom o Carnaval de rua de Joaquim. Vale a pena.”