quarentena

Blitz verifica 46 estabelecimentos

A Prefeitura de Campinas realizou ontem uma fiscalização em comércios que não fazem parte da lista de serviços essenciais

Henrique Hein
15/04/2020 às 07:59.
Atualizado em 29/03/2022 às 17:03

A Prefeitura de Campinas realizou ontem uma fiscalização em comércios que não fazem parte da lista de serviços essenciais, mas que, mesmo assim, estavam funcionando na região central da cidade. A blitz teve como objetivo orientar os proprietários que descumpriram o decreto municipal que determina o fechamento dos estabelecimentos não prioritários até o dia 22 de abril. As equipes da Prefeitura percorreram 46 estabelecimentos nos bairros como Centro, Botafogo, Castelo e Vila Orosimbo Maia. Deste total, 29 foram orientados a fechar as portas porque não eram de serviços essenciais e a 13 foram recomendadas adequações porque, embora não fossem serviços essenciais, estavam em manutenção e não eram regularizados. Durante a abordagem, os profissionais foram divididos em cinco equipes e focaram esforços nas denúncias anônimas feitas por moradores da cidade, por meio do telefone 156. Na semana passada, o prefeito Jonas Donizette (PSB) havia informado que iria endurecer e multar estabelecimentos que estivessem desrespeitando o decreto. O valor da autuação para quem desobedecer a medida varia de R$ 270,00 a R$ 200 mil. "Diante do grande número denúncias que recebemos, tomamos a decisão de realizar a ação. Nos últimos dias temos percebido um aumento grande no número de pessoas que estão trabalhando em estabelecimentos que não têm a abertura permitida", afirmou à coordenadora da Vigilância Sanitária, Janete Navarro. Na ação realizada pela manhã, um dos locais averiguados que chamaram a atenção das autoridades foi uma loja de tecidos e decoração. Segundo Janete, o proprietário alegou que trabalhava com material para a produção de máscaras de proteção. “O caso dele foi interessante, porque um dos materiais que ele vendia é utilizado para fazer máscaras que podem servir para proteção individual. Porém, como ele não tinha autorização da Prefeitura para poder funcionar, foi multado”, disse a coordenadora. A Prefeitura também averigou pela manhã 11 denúncias feitas por moradores. Desse montante, seis locais estavam fechados, dois estavam recebendo manutenção, e três prestavam os serviços essenciais. Um dos locais que recebiam manutenção era uma academia localizada próximo ao Balão do Castelo. O local, no entanto, não tinha as licenças necessárias. Outras operações Essa não foi a primeira vez que a Prefeitura de Campinas fiscalizou comércios abertos na cidade durante a quarentena. No dia 31 de março, funcionários da Administração Pública fiscalizaram estabelecimentos que estavam em funcionamento nos distritos do Campo Grande e do Ouro Verde. No primeiro local foram encontrados 28 comércios abertos durante a blitz. Os proprietários foram orientados a fecharem os locais. Além deles, outros 31 estabelecimentos, como padarias, lanchonetes e restaurantes, foram orientados pelos agentes a priorizarem o serviço de entregas, já que a quarentena imposta na cidade proíbe o consumo de alimentos dentro desses empreendimentos. No Ouro Verde, 28 comércios foram notificados e outros 24 estabelecimentos foram orientados a operarem apenas com o serviço de entrega.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por