Bimotor que decolou dos Amarais cai com dois a bordo

Duas pessoas morreram após a queda de um avião bimotor modelo PA-30, prefixo PT-CHT, que decolou do Aeroporto Campo dos Amarais, em Campinas, na tarde de sexta-feira. Os destroços foram localizados em uma área da zona rural no limite entre Itapira e Mogi Guaçu na manhã de sábado, cerca de 15 horas após o avião cair, segundo a Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com os responsáveis pelo aeródromo, um instrutor e um aluno estavam a bordo da aeronave. Segundo a FAB, o avião foi localizado em meio a um canavial na Estrada Velha Itapira/Mogi Guaçu, por um avião da Força Aérea com apoio do helicóptero Águia de Campinas, por volta das 8h15. Segundo a FAB, o bimotor decolou do aeroclube por volta das 15h com duas pessoas, e por volta das 17h a base recebeu sinal de aviso de emergência. Moradores e policiais que atendiam uma ocorrência na região do bairro Brás Cavenaghi avistaram a aeronave sobrevoando a região e repentinamente passou a fazer piruetas. Em seguida, segundo testemunhas, desapareceu. “Acho que houve pane. Parece que ele caiu de bico”, contou um policial militar. Segundo a FAB, o avião da Força Aérea, o SC-105, que tem aparelho NVG com visão noturna, fez buscas à noite, mas não localizou o avião das vítimas. Policiais militares e o Corpo de Bombeiros de Mogi Guaçu realizaram buscas de bote no Rio do Peixe, já que as suspeitas eram de que o bimotor tivesse caído naquela região, mas nada foi localizado. Os policiais percorreram cerca de 5km de barco e encerraram as buscas por voltas das 22h. No sábado, por volta das 7h30, foram retomadas as buscas tanto aérea como terrestre e por volta das 8h15 o avião foi localizado. Identificação Uma das vítimas era Bruno Henrique, piloto e instrutor de voo com mais de duas mil horas de experiência, que morava em Cosmópolis e tinha 28 anos. O aluno era Thiago Zvolanek, de Campinas, de 22 anos. Zvolanek, segundo parentes, era apaixonado por aviação e tanto o pai como o avô trabalham na área. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) afirmou que a aeronave estava com documentação em dia, sendo que a validade do certificado da última inspeção se encerra em outubro deste ano. Já o prazo do Certificado de Aeronavegabilidade expira em novembro de 2020. Até as 14h20, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros e as polícias Civil e Militar seguiam no local aguardando agentes do Serviços Regionais de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa), que vão investigar o caso. A reportagem entrou em contato com representantes do Aeroporto Campo dos Amarais, mas ninguém foi localizado.