Espaço ao fundo, que era tomado por bancas de camelôs, já esvaziado (Camila Moreira/AAN)
A Prefeitura de Campinas deu início ao cumprimento do acordo feito no primeiro semestre com o Ministério Público (MP) para solucionar o problema do comércio informal na área do Terminal Central onde hoje funciona o camelódromo. A Serviços Técnicos Gerais (Setec) retirou nesta terça-feira (22) 60 bancas inoperantes do total de 130 mapeadas pela Administração que não são utilizadas por seus proprietários. Ainda pelo acordo com o MP, o Executivo deverá apresentar um projeto para a regulamentação do comércio informal e um plano de revitalização da área.As bancas foram retiradas do camelódromo instalado na Rua Engenheiro Jayme Ulhôa Cintra e encaminhadas para o Departamento de Transporte Interno. Elas ficarão à disposição dos proprietários para a retirada. A remoção foi feita pela Setec com o acompanhamento de integrantes do sindicato dos camelôs. “As bancas estavam vazias e a Prefeitura se comprometeu em arrumar um lugar para que fiquem armazenadas até mudarmos para o barracão da Fepasa”, afirmou a presidente do sindicato, Maria José Sales.De acordo com a Prefeitura, a mudança é necessária para melhorar o fluxo de pedestres. A Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas (Emdec) informou que trabalha num projeto viário para o local.As bancas removidas pela Administração eram utilizadas como “estoque” pelos proprietários de outras barracas do camelódromo.A polêmica envolvendo os camelôs é antiga em Campinas e ganhou força durante a crise no governo Hélio. Naquela época, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) fechou o cerco contra a venda ilegal de produtos piratas e contrabandeados e deu prazos para que o Executivo resolvesse a situação, o que não ocorreu.