Barracão vira novo espaço para cultura e esporte

O Barracão dos Lemos, localizado na Estação Cultura, será inaugurado na próxima segunda-feira, dia 26, como Espaço de Cultura e Esporte. Segundo o secretário municipal de Esportes e Lazer, Dário Saadi, o galpão - que está sendo finalizado - já está com uma série de atividades gratuitas programadas e poderá ser usado por qualquer entidade através de agendamento prévio. “Esse era um espaço que havia sido destinado para a Orquestra Sinfônica Municipal de Campinas em 2013, mas por problemas de acústica, ela nunca ocupou o prédio”, explicou. De acordo com ele, com recursos da Prefeitura e ajuda da família Garneiro, que já havia feito o restauro do prédio de 146 anos e 1.500 metros quadrados, foram feitas pequenas mudanças para adequá-lo ao novo uso. “Foi preciso fazer a revisão do telhado e a adequação de equipamentos de ginástica, além da colocação de um tablado para aulas de balé, por exemplo. Agora o espaço poderá ser usado pela população e por entidades e ONGs”, disse. No Barracão acontecerão aulas de ginástica rítmica e artística e de trampolim, de balé, hip hop e de artes circenses, além de atividades para a terceira idade. Haverá também um espaço multiuso. “Além de restaurar e preservar um prédio histórico, a Administração oferecerá aos campineiros um espaço para a prática de atividades esportivas e culturais. Já temos o cronograma das aulas, que em breve será divulgado. As atividades serão separadas por faixa etária, começando às 8h30 e terminando às 18h. Haverá, entre outras coisas, danças de salão e programas de fortalecimento muscular para a terceira idade, além de aulas de alongamento para adultos”. A inauguração do espaço acontece às 19h e vai contar com apresentações artísticas, música ao vivo e food trucks. A entrada no prédio é pela Rua Francisco Teodoro, nº 1050. O Barracão Erguido em 1872 para abrigar a oficina de locomotivas da Companhia Paulista de Estrada de Ferro, o Barracão estava abandonado e era usado como depósito de lixo. Em 1982, foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Condepacc) e, em 2013, passou por uma completa restauração com recursos privados do Grupo Brasilinvest, da família Garnero. Cerca de R$ 1 milhão foi investido na obra, que incluiu a troca do telhado, além de uma revisão na parte hidráulica e elétrica. As calhas, que não pertenciam ao prédio original, foram retiradas para que o telhado voltasse ao projeto inicial. O chapisco de cimento que cobria a fachada foi retirado e o piso recuperado com cimento queimado, sem interferir nos restos de trilhos que chegam ao prédio.