PROJETO-PILOTO

Barão Geraldo já dispõe de novo modelo de coleta de lixo

Contêineres substituem a recolha feita de porta a porta: economia de R$ 114 pela tonelada coletada

Cecília Polycarpo
06/05/2014 às 23:05.
Atualizado em 26/04/2022 às 23:20

O distrito de Barão Geraldo, em Campinas, recebeu nesta terça-feira (6) 110 contêineres do novo modelo de coleta de lixo orgânico, que começa a substituir o sistema feito de porta em porta. Foram contempladas a Avenida Romeu Tórtima e as ruas do entorno, na Cidade Universitária. A maioria da população aprovou a novidade e acredita que as grandes lixeiras devem diminuir a sujeira causada por sacos plásticos nas calçadas.O projeto-piloto prevê a colocação de pelo menos dois contêineres por quadra, onde os moradores colocarão os detritos, em vez de deixá-los em frente às casas. Com o novo sistema, a Administração deixará de pagar R$ 114 pela tonelada coletada por dia de lixo ao Consórcio Renova Ambiental e passará a desembolsar R$ 85 pelo serviço — que precisa de menos trabalhadores para operar. A economia será de aproximadamente R$ 1,130 milhão por mês.Caminhões de lixo do Consórcio Renova coletaram 14 toneladas de lixo com o sistema mecanizado em Barão ontem. O cozinheiro Ronildo Alves, de 40 anos, que trabalha no bairro, disse que a mudança é importante, mas acredita que deveria ter contêineres de material reciclável também. “Em Paulínia, onde eu moro, são as duas caçambas, uma do lado da outra, de orgânicos e recicláveis. Campinas tem condições de fazer isso também.”A estudante de filosofia Camila Cristina da Silva, de 19 anos, afirmou que o novo sistema vai impedir que cães e gatos tenham acesso ao lixo. “É uma boa ideia, porque o lixo fica protegido, não causa mau cheiro.” Já o inventor Enri Mauerberg, de 70 anos, disse que os contêineres irão atrapalhar o tráfego de carro nas ruas. “Já não tem muito lugar para estacionar, as lixeiras vão deixar ainda mais difícil.” Moradores que tiverem reclamações em relação à higiene dos contêineres devem ligar no 156 da Prefeitura.ImplantaçãoSomente no bairro-piloto, serão 340 recipientes para atender 6 mil domicílios. Com a coleta mecanizada, os funcionários não terão mais contato com o lixo: um aparato no caminhão encaixa no contêiner e vira o conteúdo na caçamba. A higienização dos recipientes será feita pelo menos uma vez por mês.A expectativa da Pasta é implantar o modelo em 30% dos bairros de Campinas em três meses. O sistema deve ser substituído por completo até 2016. Para o secretário Ernesto Dimas Paulella, a principal vantagem do novo modelo é sanitária. Os contêineres devem evitar que sacolas rasgadas fiquem no meio da rua e que bocas de lobo entupam com a sujeira.O novo modelo não inclui o recolhimento de materiais recicláveis, feito em apenas 2% da cidade. Especialistas afirmam que o município poderia ampliar consideravelmente o índice se utilizasse o mesmo sistema para recolher os recicláveis. Além disso, os contêineres serão externos, e não subterrâneos, como havia anunciado a Secretaria de Serviços Públicos em março do ano passado.

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