Agosto é um mês seco e por isso há a necessidade de combater queimadas; maior preocupação é com focos de incêndio
Nem bem começou o mês de agosto, tradicionalmente o mais seco do ano, e o baixa umidade relativa do ar já coloca 18 cidades da Região Metropolitana de Campinas em estado de atenção. De acordo os dados da Defesa Civil, durante o sábado (3) esses município variaram o índice percentual entre 23,3%, em Nova Odessa, e 28,7, em Jaguariúna e Holambra. Apenas Pedreira entrou o estado de observação com 30,6%, todavia requer cuidados. Campinas registrou 27,7%. Abaixo de 20% já é considerado estado de alerta, algo que ocorreu em três dias da última semana na cidade.A preocupação aumenta pela falta de perspectiva de chuva, segundo o coordenador regional da Defesa Civil, Sidnei Furtado. “Agosto é o período mais crítico do ano. Estamos fazendo vistoria nas matas mais atingidas normalmente, que são no região de Sousas e Joaquim Egídio, a Mata Santa Genebra e a Mata Elisa. Neste ano também implantamos na operação estiagem a ação integrada na região metropolitana. Toda a semana promovemos ação de prevenção, orientando as famílias e vistoriando os locais”, diz ele, reforçando que o trabalho já foi feito em Campinas, Vinhedo, Itatiba, Sumaré, Pedreira e na próxima quarta-feira será em Artur Nogueira.Talvez a principal preocupação sejam os focos de incêndio. Coincidência ou não, o fato é que, no final da tarde de sábado, um incêndio atingiu o terreno do Instituto Biológico, ao lado do Parque Ecológico de Campinas, na Avenida Moraes Salles, no Jardim das Paineiras. O fogo se alastrou por uma extensão equivalente a quatro campos de futebol. Por sorte, atingiu apenas a vegetação rasteira, facilitando a labuta do Corpo de Bombeiros. Mesmo assim, demorou três horas e meia para ser contido — das 17h às 20h30. A corporação agiu com duas viaturas, uma delas da Sanasa, e solicitou o auxílio da Defesa Civil por volta das 18h.Furtado explica que a baixa umidade aliada ao alto índice ultravioleta, alta temperatura e intensidade vento facilita na propagação do fogo e de moléculas causadores dele, causando, portanto, prejuízo a saúde. “Não se deve tocar qualquer tipo de fogo. Como caem muitas folhas nessa época, algumas pessoas juntam e colocam fogo. É um risco”, recomenda o coordenador regional