Ampliação agita mercado aéreo, mas empresas ainda negam interesse em abrir linhas internacionais de Viracopos
Somente no primeiro semestre deste ano 4,5 milhões de passageiros foram recebidos no aeroporto, 20,6 mil pessoas para voos Campinas-Lisboa, a única rota internacional em operação. A TAP, responsável pela rota, tem interesse em consolidar a operação internacional no terminal aeroviário de Campinas, tão longo a demanda gere público para voos diários para Portugal. Por enquanto, as três principais companhias de voos domésticos em operação no terminal ainda não confirmam o interesse em implantar decolagens internacionais partindo de Viracopos. A assessoria de imprensa da Azul Linhas Aéreas Brasileiras, que responde por 65% das operações no terminal, informou que rotas internacionais não estão previstas, pelo menos no momento. A Gol, que opera hoje com cinco voos diários em Viracopos, prevê para setembro o início de cinco novas frequencias com destino a Santos Dumont (RJ) e Brasília. A empresa não deu informações sobre a intenção de atuar com voos internacionais. A TAM, por meio de sua assessoria de imprensa, disse apenas estar sempre atenta às necessidades dos clientes para iniciar ou ampliar operações, tanto domésticas quanto internacionais. Novos voos são constantemente avaliados pela companhia conforme a demanda e a infraestrutura aeroportuária de cada região.No meio aeronáutico há rumores sobre as rotas internacionais que possivelmente virão para Viracopos. O diretor-geral da Pro Flight Marcelo Penteado, escola de aviação que forma cerca de 700 tripulantes por ano e tem contato direto com as principais companhias do setor aeronáutico, soube que uma das maiores companhias aéreas do Mundo estaria em fase final de negociação para a implantação de voos para Dallas e Miami. Outra informação extraoficial é a vinda de aeronaves A330, porte médio-grande compatível com Boeing 767, para decolagens com destino a Nova York da JetBlue Airways para voos no território norte-americano. “Acredito na demanda para Viracopos e na ampliação de voos até o final do próximo ano”, disse o diretor da Pro Flight. Independentemente da ampliação de rotas internacionais, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) já está exigindo a proficiência em inglês no teste para a certificação de tripulantes.