A conta de energia elétrica está mais cara em Campinas e outros 233 municípios paulistas. Passou a vigorar um reajuste médio de 8,66% nas tarifas
A conta de energia elétrica está mais cara em Campinas e outros 233 municípios paulistas. Passou a vigorar ontem um reajuste médio de 8,66% nas tarifas, sendo 9,30% para os consumidores ligados à alta tensão (indústrias e grandes comércios) e 8,34% para os de baixa tensão (residências e pequenos comércios). O aumento, solicitado pela distribuidora CPFL Paulista, foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na última semana. Para o cálculo das novas tarifas, a Aneel considera a atualização de custos com a compra de energia, sistema de transmissão e distribuição da energia elétrica, assim como com os encargos setoriais, conforme regras estabelecidas para o setor. Neste ano, a operação levou em conta ainda o efeito do pagamento antecipado junto aos bancos do saldo da Conta de Desenvolvimento Energético (Conta-ACR), o que contribuiu para reduzir em 3,01 pontos porcentuais o reajuste das tarifas. Entre os fatores que levaram ao resultado, os que tiveram maior peso foram a manutenção de baixos níveis de água de reservatórios das hidrelétricas, que produziram menos energia do que poderiam. O déficit se traduz em maiores custos para o setor, com o aumento do chamado risco hidrológico. Além disso, ainda por conta do baixo nível dos reservatórios, as concessionárias, como a CPFL Paulista, tiveram que comprar a energia produzida pelas termelétricas, fonte mais cara, para garantir o fornecimento. Por fim, o preço da energia da hidrelétrica de Itaipu, a maior do Brasil e a segunda do mundo, é definido em dólar, e a valorização da moeda norte-americana impactou os custos com a compra dessa energia, trazendo impactos também ao Estado de São Paulo. Em nota, a CPFL Paulista destaca que "grande parte da tarifa é composta por itens que não são de responsabilidade da CPFL Paulista, cujos valores são repassados para outros agentes do setor.. Por exemplo, de uma conta de R$ 100,00, apenas R$ 18,10 se referem aos custos diretos da distribuidora. Os outros R$ 81,90 estão relacionados a despesas com a compra de energia, com o sistema de transmissão, com os encargos setoriais e com os tributos estaduais e federais" . A CPFL Paulista atende 4,4 milhões de unidades consumidoras em quase um terço do território paulista.