greve geral

Ato no Largo do Rosário fecha manifestações

Cerca de 900 pessoas, segundo a GM, se reuniram à noite no Centro da cidade

Henrique Hein
14/06/2019 às 21:32.
Atualizado em 31/03/2022 às 00:23

Os manifestantes também se concentraram no Largo do Rosário e realizaram dois atos na Avenida Francisco Glicério: um durante a manhã e outro no começo da noite desta sexta-feira (14). Nos dois eventos, o público — formado por universitários, secundaristas, educadores, representantes de entidades de classe e sindicatos — caminhou por quase toda a extensão da Avenida Francisco Glicério, passando pela Avenida Moraes Sales, antes de descer a Avenida Anchieta até a sede Prefeitura. Com direito a bandeiras, cartazes e um carro de som, os manifestantes criticaram o presidente Jair Bolsonaro. Alguns dos líderes aproveitaram o microfone diante das pessoas que acompanhavam o ato para ironizar os eleitores que votaram em Bolsonaro, afirmando que agora eles estariam arrependidos do voto. De acordo com a Guarda Municipal, o maior protesto aconteceu durante a noite, quando cerca de 900 pessoas se reuniram no local. Segundo a corporação, durante a manhã, houve pouca concentração de pessoas. Para Sueli Fátima de Oliveira, diretora do Sindicato Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a decisão do Governo de cortar gastos na Educação é um retrocesso que coloca em risco o futuro da educação nacional. “Nós entendemos que quando você não investe na Educação, você está prejudicando o futuro e a vida de milhões de jovens. Se você não investe recursos na Educação agora, no futuro você vai ter que investir um dinheiro muito maior na construção de prisões e unidade da Fundação Casa”, afirmou. Ademar José de Oliveira, coordenador estadual da Intersindical – Central da Classe Trabalhadora, disse que a Reforma da Previdência e os cortes na Educação são medidas que prejudicam os trabalhadores. “Essas duas pautas são um ataque contra os brasileiros, em especial a classe trabalhadora. Nós estamos fazendo esse ato para mostrar para o Bolsonaro que contra os ataques dele”, comentou.  Bancários O protesto nacional contra a Reforma da Previdência e cortes de verbas na educação também atingiu as 15 agências bancárias da região central de Campinas e causou transtornos para clientes que precisaram usar as unidades. Sindicalistas da categoria fizeram piquete e elas ficaram fechadas. Cartazes sobre a greve foram colados nas portas dos bancos. As agências afetadas estavam localizadas na Avenida Francisco Glicério e ruas Barão de Jaguara e José Paulino. As demais agências localizadas fora do perímetro central da cidade funcionaram normalmente, segundo o Sindicato dos Bancários. “Estão trabalhando apenas gerência e funcionários que fazem serviços essenciais como compensação e manutenção dos caixas eletrônicos”, disse um sindicalista. A adesão da categoria à greve foi decidida na noite da última quarta-feira durante uma assembleia na sede do sindicato. “Essa greve parece ser mais um conflito de partidos do que uma luta contra a reforma previdenciária. Tenho uma fatura para pagar hoje, mas como o valor é alto, as lotéricas não recebem. Sempre paguei em dia essa conta e agora não sei o que fazer”, disse a técnica em radiologia, Karina Martins, de 40 anos, que buscou uma agência fora da região central, após ser alertada do funcionamento. O aposentado Pedro Silva, de 73 anos, perdeu o cartão bancário e ontem cedo foi em sua agência, localizada na Francisco Glicério, para comunicar, pedir um novo e sacar dinheiro para passar o fim de semana. Como não sabia da greve, o idoso se viu sem saída. “Não sei o que fazer. É complicado. Compreendo o protesto, mas fui prejudicado”, lamentou o idoso. Colaborou Alenita Ramirez/AAN

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