bosque dos jequitibás

Ativistas cobram laudo da morte de leão

Morte de Lineu ocorreu em junho, mas Prefeitura só divulgou há uma semana

Da Agência Anhanguera
13/10/2020 às 07:50.
Atualizado em 27/03/2022 às 22:14
Frequentadores do Bosque protestaram contra a falta de informações sobre morte do leão (Wagner Souza/AAN)

Frequentadores do Bosque protestaram contra a falta de informações sobre morte do leão (Wagner Souza/AAN)

Um grupo de ativistas da causa animal fez um protesto ontem pela manhã, no portão de entrada do Bosque dos Jequitibás, para cobrar explicações sobre a morte do leão Lineu – uma das atrações mais procuradas pelos frequentadores do parque. “O que matou o leão?”, perguntava uma ativista em um cartaz. “Queremos a verdade”, dizia outra faixa. A morte do animal no zoológico do Bosque foi confirmada na semana passada pela Prefeitura, mas ocorreu no dia 10 de junho passado . O sumiço de Lineu foi sentido por frequentadores que começaram a visitar o local no final de agosto, quando houve a reabertura ao público. Porém, as pessoas não tinham informação se o animal estava doente, se teria morrido ou se estava apenas dormindo na jaula. “Porque a prefeitura e o Bosque não divulgaram a morte do animal mais popular do zoológico? Isso nos causa desconfiança quanto à negligência, sim”, disse a ativista Sandra Laschet. “Não temos provas para afirmar (que houve negligência), por isso queremos ter acesso ao laudo”, acrescentou ela. Segundo a Prefeitura, o animal estava bem de saúde, mas, dois meses antes de morrer, vinha perdendo a vitalidade. A Administração lembrou também que o felino viveu 15 anos, tempo médio de vida dos leões. Lineu nasceu em cativeiro, no início de 2005, no Parque Ecológico Eng. Cid Almeida Franco, em Americana, e foi transferido para Campinas no dia 3 de maio do mesmo ano. Os ativistas também cobraram agilidade no programa da Prefeitura de desativação do zoológico do parque. Pelo programa, anunciado pela secretaria de Serviços Públicos em março de 2019, a exposição de animais de grande porte no Bosque será desativada ao longo de 10 anos. Continuarão no parque apenas os animais soltos – bicho-preguiça, tatus, araras, por exemplo. Hoje são cerca de 100 deles vivendo no Bosque. Em nota emitida ontem, a secretaria de Serviços Públicos garantiu que os animais são tratados por profissionais especializados e que o bosque tem um papel de educação ambiental. A nota diz que o projeto de lei sobre a proibição e a manutenção de cativeiros de animais da fauna silvestre em parques, bosques e praças públicas foi encaminhado para a Câmara Municipal em 2019 e ainda não foi votado.

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