Ele teve um papel importante durante o primeiro pouso na Lua (Antonio Scarpinetti/Unicamp)
O astrônomo brasileiro Nelson Travnik morreu, nesta quinta-feira (7), em Campinas, onde residia. Ele teve um papel importante durante o primeiro pouso na Lua e foi um dos fundadores dos observatórios em Matias Barbosa , Americana e Piracicaba.
O astrônomo atuava no Observatório Astronômico Flammarion em Matias Barbosa (MG) na época do pouso na Lua. Em 1969, fez parte de um seleto grupo de brasileiros envolvidos no Programa Lion, uma iniciativa ligada à Missão Apollo-11 que tinha como objetivo monitorar e observar a superfície lunar após relatos de fenômenos estranhos que poderiam afetar o pouso de Neil Armstrong. Ao todo, 14 países participaram desse programa, e Nelson Travnik estava entre os cinco astrônomos iniciais representando o Brasil.
Nascido em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, Travnik viveu em Campinas desde 1996. Sua carreira na astronomia começou em 1954, quando fundou o Observatório Astronômico Flammarion (1954–1976). Posteriormente, também em Campinas, aceitou o convite de Jean Nicolini para integrar a equipe do recém-inaugurado Observatório Municipal.
Em 1985, ele participou da criação do Observatório Municipal de Americana e, em 1992, fundou o Observatório Astronômico de Piracicaba. Após sua aposentadoria da unidade campineira em 1996, ele continuou trabalhando em Americana e Piracicaba, tornando-se uma referência na área da astronomia no Brasil.
*Com informações do Observatório Nacional, unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (ON/MCTI)
