CAMPINAS

Associação de proteção aos animais comemora 30 anos

O maior desafio da entidade é, na avaliação do presidente, conseguir equilibrar as finanças

Patrícia Azevedo
11/10/2013 às 07:58.
Atualizado em 25/04/2022 às 02:23
Iraci Brazão, fundadora da Associação de Amigos dos Animais de Campinas (AAAC) (Janaína Maciel/Especial para AAN)

Iraci Brazão, fundadora da Associação de Amigos dos Animais de Campinas (AAAC) (Janaína Maciel/Especial para AAN)

Há 30 anos a comerciante Iraci Brazão começou a se dedicar à causa animal. Junto com um grupo de senhoras campineiras ajudou a fundar a Associação de Amigos dos Animais de Campinas (AAAC), a maior entidade de defesa animal da cidade. Com o passar do tempo, a inexistência de políticas públicas de defesa animal a associação passou a atender cada vez mais animais. Hoje, o sítio da entidade abriga mais de 3 mil animais, entre cães, gatos, cavalos, pássaros e até um urubu. Apesar dos 13 funcionários, Iraci trabalha como voluntária diariamente no sítio. “Tive que deixar de trabalhar. É uma vida de renúncia, você não passeia, não viaja, não faz mais nada, além de cuidar dos animais. Mas se tivesse que recomeçar, começaria tudo outra vez.” A AAAC comemora seus 30 anos de existência com uma Festa de Gala hoje à noite no Tênis Clube. “Nesses 30 anos, temos muito a comemorar, salvamos muitas vidas. E temos muito que agradecer também às pessoas que nos ajudam”, afirmou. A entidade já atingiu a sua capacidade máxima, com mais de 3 mil animais alojados, a um custo mensal de R$ 65 mil. “Não queremos ser um depósito de animais, por isso muitas vezes temos que negar pedidos para abrigar mais”, afirmou Flávio Lamas, presidente da entidade. Ele explica que a associação não recebe qualquer tipo de verba pública e é mantida pelos sócios, que fazem contribuições mensais, doações e arrecada dinheiro com eventos esporádicos. Todos os animais alojados são castrados, vermifugados e vacinados. Os voluntários, além de ajudar no trato direto com os animais, ajudam a organizar eventos, fazer bazares e as feiras de doações. “As feiras são importantes porque com elas conseguimos doar de 20 a 30 animais por mês”, afirmou. O maior desafio da entidade é, na avaliação de Lamas, conseguir equilibrar as finanças. “O pessoal acha que a gente tem obrigação de adotar porque pensa que temos ajuda do poder público, mas nós não recebemos nada. Nossa maior preocupação é que o lugar não se transforme em um depósito de cães, queremos dar qualidade de vida aos animais”, explicou. Todos os dias a entidade recebe mais de dez ligações denunciando abandono ou maus-tratos de animais. Para tratar os bichos feridos, a entidade conta com o apoio de veterinários simpáticos à causa animal. A entidade tem ainda a preocupação em cuidar do meio ambiente e construiu uma Estação de Tratamento de Esgoto para os resíduos gerados no canil de 7 mil metros, que segundo Lamas, é o maior da América Latina.

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