em protesto

Assalto à professora leva escola a suspender aulas

Funcionários da Escola Estadual Jardim Marisa, na região do Campo Belo, em Campinas, cruzaram os braços ontem em protesto à falta de segurança

Alenita Ramirez
alenita.jesus@rac.com.br
31/10/2018 às 07:23.
Atualizado em 05/04/2022 às 23:00

Funcionários da Escola Estadual Jardim Marisa, na região do Campo Belo, em Campinas, cruzaram os braços ontem em protesto à falta de segurança dos servidores e de alunos da unidade. A medida foi tomada após uma professora da 5ª série ser alvo de bandidos quando ia para a escola, na manhã do dia anterior. A docente foi abordada na Rodovia Miguel Melhado de Campos por dois bandidos armados. Ela seria levada a um cativeiro no Jardim Colúmbia, quando contou que era professora da escola e então foi liberada. Os criminosos levaram R$ 150 e o celular da vítima. Após ser liberada, a professora entrou em pânico e não sabia como sair do bairro, momento que pediu ajuda. A docente foi atacada quando reduziu a velocidade do carro em uma lombada. “Já é a quarta vez em três anos que professores são atacados quando estão chegando à escola. A gente não pode viver mais nessa insegurança”, falou uma das funcionárias, que preferiu não ser identificada. As aulas retomam hoje, segundo os servidores. A unidade tem 1.554 alunos, do Ensino Fundamental ao Médio, distribuídos em três períodos, e conta com 150 servidores, entre professores e trabalhadores de outros setores. Para o protesto, os professores e alunos confeccionaram cartazes, que foram colocados no portão de entrada de alunos. Além de maior segurança, elas também pedem a construção de uma passarela sobre a rodovia, nas proximidades da escola. De acordo com os servidores, este é o segundo caso de roubo a professores neste ano e o quarto em três anos que a escola funciona. Em 2016, foram registrados dois casos. Em deles naquela ocasião, o professor que era do período noturno foi colocado no porta-malas do veículo e também levado para um cativeiro na região do Campo Belo. Ele só foi liberado quando falou que era docente da escola. Em outro caso, uma professora, também do período noturno, foi atacada quando chegava na unidade. Os criminosos levaram o veículo. “São quatro casos em um curto espaço de tempo. Estamos com medo. Não dá para continuar assim. Falta segurança para os funcionários e também para os alunos”, falou a funcionária. Em março deste ano, os trabalhadores pararam dois dias também em razão da falta de segurança. Na época, criminosos escalaram uma grade e entraram pelas janelas para furtarem merendas e equipamentos de valor. Os funcionários pediram a instalação de serpentina e placas de aço nas grades do portão. Outro lado A Diretoria Regional de Ensino Campinas Oeste informou por nota que mantém parceria com a Polícia Militar, através da Ronda Escolar, que é a responsável pelo patrulhamento da unidade e já solicitou reforço após o ocorrido. “Todo conteúdo pedagógico será reposto”, frisou, sobre as aulas não realizadas. O Departamento de Estradas e Rodagem (DER), por sua vez, informou que a Rodovia Miguel Melhado Campos (SP 324) possui pista simples, tendo uma faixa de tráfego para cada sentido. Esta característica, segundo o órgão estadual, demanda outros tipos de dispositivos para travessia, como lombofaixas, lombadas eletrônicas e redutores de velocidade. “A SP-324 já possui 16 lombadas físicas e 52 placas indicando a passagem de pedestres e alertando para a redução de velocidade, com o objetivo de informar e garantir a segurança dos motoristas e demais usuários”, frisou. Ainda segundo o DER, o tráfego da rodovia é monitorado e caso seja constatada a necessidade de reforço nos dispositivos para pedestres, o DER tomará as providências adequadas.

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