PAULÍNIA

Asa-delta cai, mata um e deixa outro gravemente ferido

Homem, de 46 anos, morreu no HC da Unicamp; outro, de 50, está no Hospital Estadual de Sumaré

Correio
13/07/2013 às 16:23.
Atualizado em 25/04/2022 às 08:56

Bruna Mozer 

Raquel Valli 

Morreu no Hospital de Clínicas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) um dos dois homens que voavam na tarde deste sábado (13) na asa-delta motorizada que caiu no bairro rural de Betel em Paulínia. Inicialmente, a vítima foi levada para o Hospital Municipal de Paulínia, mas depois, dada a gravidade do caso, foi transferida para o HC, onde não resistiu aos ferimentos. Tinha 46 anos.

O segundo homem tem 50 anos, e também foi socorrido inicialmente no hospital de Paulínia, mas depois foi transferido para o Hospital Estadual de Sumaré. De acordo com os médicos, o estado dele é grave.

Os nomes das vítimas não foram informados. Ambas estavam inconscientes no momento do resgate. Uma delas teve traumatismo craniano e no fêmur.

O acidente ocorreu por volta das 14h45 na Avenida Constante Pavan quando a aeronave, modelo trike, tentava pousar e se enroscou em um fio de eletricidade de um poste – informaram a Polícia Militar (PM) e o Corpo de Bombeiros.

Quatro clientes da localidade ficaram sem energia elétrica até por volta das 18h, quando o serviço foi normalizado, informou a assessoria de imprensa da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Alerta

Apesar de grandes pastos e terrenos naquela região propícios para pousos, o local não possui pistas regularizadas para voos. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, José Almir da Silva, por haver fios de alta tensão espalhados em toda a área, ela é considerada “perigosíssima”. “A região será analisada, mas sabemos que não é propícia para esse tipo de atividade”, disse o comandante.

Aeromodelismo

A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Polícia Civil foram acionadas para realizar uma inspeção no local. Um homem que utiliza esse tipo de aparelho, que pediu para não ser identificado, disse que é comum esse tipo de voo, mesmo sem aval dos órgãos competentes. Segundo ele, a área é usada pelos praticantes por haver muita concorrência em pistas regularizadas.

O uso de Trikes naquela região também é criticado por praticantes de aeromodelismo, que possuem uma pista nas proximidades. O engenheiro e aeromodelista Alex Borro, de 32 anos, afirma que os usuários de Trikes atrapalham as manobras dos aparelhos e que, para operarem, precisam de uma pista autorizada. “Eles não podem voar aqui. Devem procurar outros lugares para pousar, como o Campo dos Amarais”, disse.

Assuntos Relacionados
Compartilhar
Correio Popular© Copyright 2024Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por