SÓ PARA VARIAR...

As ‘teles’ lideram queixas no Procon de Campinas

Primeira do ranking de reclamações no mês de agosto foi a Claro

Thiago Rovêdo/ [email protected]
09/09/2022 às 09:08.
Atualizado em 09/09/2022 às 09:09
O gestor Reginaldo Prates, de 40 anos, esteve na quinta no Procon para conseguir resolver a sua demanda (Kamá Ribeiro)

O gestor Reginaldo Prates, de 40 anos, esteve na quinta no Procon para conseguir resolver a sua demanda (Kamá Ribeiro)

As reclamações contra os serviços oferecidos pelas empresas de telecomunicação lideram as chamadas dos consumidores recebidas na Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Campinas no mês de agosto. Segundo dados divulgados no Diário Oficial, a Claro, além de ser a primeira colocada no ranking, com 185 ocorrências (8,73% do total), registra mais contestações que o segundo e o terceiro colocados somados. Os números são referentes ao mês de agosto.

De acordo com o Procon, logo depois da Claro vem o banco Bradesco, com 88 chamadas (4,15% das reclamações) e, na terceira posição, as queixas contra as empresas de telecomunicação retomam, desta vez com a Vivo, com 80 ocorrências (3,78% dos chamados). 

"O consumidor pode procurar qualquer posto físico do Procon ou, então, utilizar a internet para fazer a reclamação. Como o Procon em Campinas é municipal, vale ressaltar que a aquisição de serviços ou produto deve ter sido feita na cidade ou o consumidor ser residente no município. É importante juntar documentos, notas fiscais, faturas, enfim, tudo o que puder dar um pouco mais de força à reclamação", explicou Taís Tasso, coordenadora do Procon Campinas. 

Nos últimos dois meses, as empresas de telecomunicações se mantêm como as mais reclamadas. Em julho, a Claro foi responsável por 8,65% dos chamados - 166 ocorrências foram abertas contra a empresa. A Vivo, em julho, somou 95 reclamações - 4,95% do total, ficando na segunda colocação. O Bradesco vem na sequência, 71 contestações (3,70%).

"Estipulamos um prazo de cinco dias para que a empresa se defenda. Caso ela não se manifeste ou o faça e o consumidor não concorde, ele retorna ao Procon para abrir um processo administrativo. Não havendo acordo entre as partes e se o consumidor estiver com a razão, a empresa é penalizada", explicou. 

O gestor Reginaldo Prates, de 40 anos, buscou o Procon para conseguir resolver um problema que ele achava que seria sanado apenas com uma conversa com a empresa. Na quinta-feira (8), ele esteve na unidade para registrar a reclamação e aguardar os cinco dias para receber uma resposta.

"Realizei uma compra e o produto veio avariado. Tentei resolver direto com a empresa, mas não deu certo. Então, vim ao Procon. A empresa chegou a alegar que, como formalizei uma reclamação, eles vão resolver apenas nestes termos. Estão me dando muito trabalho e não sabem a diferença de Procon e Justiça", afirmou.

O que dizem as empresas

Procurada, a Vivo afirmou que mantém como estratégia ter o cliente no centro de suas decisões e, por isso, busca desenvolver iniciativas para melhorar continuamente a forma como se relaciona com ele em todos os pontos de contato. "A companhia também trabalha com uma atuação direta junto aos importantes órgãos de defesa do consumidor, visando à manutenção de um diálogo aberto e transparente".

O Bradesco informou que realiza intenso acompanhamento das manifestações e priorização no encaminhamento de soluções. Reduzir os índices de reclamação é foco permanente da instituição. Todos os apontamentos são acompanhados de perto pela Ouvidoria. "O objetivo é o de oferecer qualidade no atendimento a todos os clientes e usuários de nossos produtos e serviços. É importante ressaltar que o Bradesco tem uma posição de respeito absoluto ao cliente e aos seus interesses", diz a nota.

A Claro foi procurada pela reportagem, mas, até o fechamento da reportagem não houve retorno.

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