em jaguariúna

Árvores dão frutos que protegem

Árvores em que dos galhos brotam dezenas de máscaras de proteção contra o coronavírus surgem todos os dias com seus frutos em locais diferentes

Gilson Rei
28/05/2020 às 07:53.
Atualizado em 29/03/2022 às 10:37

Árvores em que dos galhos brotam dezenas de máscaras de proteção contra o coronavírus surgem todos os dias com seus frutos em locais diferentes da cidade de Jaguariúna. A forma simples e lúdica de entregar máscaras para a população surpreende as pessoas e incentiva muita gente a usar o acessório de proteção indispensável em tempos de pandemia. A ideia partiu da Prefeitura de Jaguariúna, por meio da Secretaria de Turismo e Cultura, que pretende deixar a proteção ao alcance da população utilizando-se da criatividade e de um jeito alegre nessa “guerra” contra o vírus. Sônia Bispo Santos, auxiliar de cozinha de Jaguariúna, aprovou a ideia e levou ontem para casa duas máscaras, retiradas do “pé”. “Foi uma surpresa agradável ver as máscaras feito frutas no pé. Muito criativa a entrega de máscaras para a população. É um incentivo ao uso, principalmente para aqueles que não conseguem comprar, ou não tenham recebido doação”, disse. A iniciativa teve início na semana passada e, nesta primeira etapa, mais de 2 mil máscaras deverão ser penduradas nas árvores como se fossem frutas. A secretária de turismo e cultura, Maria das Graças Hansen Albaran Santos, afirmou que as máscaras podem ser colhidas gratuitamente todos os dias. Cada dia a ação acontece em um bairro diferente da cidade, sempre em pontos estratégicos para chamar a atenção de quem passa pela calçada. A secretária explicou que em cada árvore são colocadas aproximadamente 70 máscaras. “As pessoas ficam surpresas e muitas até perguntam se pode pegar mesmo. É um jeito mais alegre de ajudar as pessoas carentes da cidade”, afirmou. Além da máscara, o saquinho plástico contém mensagens de otimismo em bilhetes. “Neste momento em que está tudo tão pesado e difícil, devido ao coronavírus, estamos distribuindo proteção e carinho de uma forma mais leve. Junto de cada máscara há um bilhetinho da Escola das Artes”, explicou a secretária. Ação A iniciativa de colocar as máscaras em árvores partiu de uma ação feita no município, em que artistas da cidade — nas áreas da música, teatro e dança — realizaram uma “Live Solidária”. Foi uma coletânea de shows com vídeos dos artistas. Os shows foram gravados no teatro da cidade em dias diferentes e depois editados para a apresentação. Além disso, os alunos do projeto Escola das Artes, que atuam ativamente na cidade, gravaram vídeos também, com mensagens sobre a arte e a pandemia. “Muitas bandas e artistas gravaram, de estilos distintos, desde rock e sertaneja, até samba, pagode e música popular. As gravações foram editadas e criou-se a Live Solidária de cinco horas”, disse a secretária de Cultura e Turismo, Maria das Graças Hansen Albaran Santos. O vídeo foi ao ar no dia 16 de maio na TV Arte, que é um canal aberto da região. Durante a apresentação, a Secretaria anunciou que estava recebendo doações de mantimentos, materiais de higiene e de máscaras na cidade, pelo sistema de drive thru, em dois pontos, no Parque dos Lagos e no Centro Cultural. Houve um grande volume de doações, incluindo máscaras, tanto de empresas da região como de pessoas da comunidade. Ao todo foram mais de 3 mil máscaras doadas e mais de uma tonelada de alimentos, que foram encaminhadas à Assistência Social para entrega às famílias vulneráveis. Porém, aproximadamente 2 mil máscaras foram reservadas para a árvore que brota máscaras por sugestão dos alunos da Escola de Artes. “Criou-se a ação de entrega gratuita de máscaras amarradas em árvores, como se frutos da solidariedade estivem brotando para aqueles que necessitam da proteção contra a Covid-19”, finalizou Maria das Graças. Município confirma o primeiro óbito Jaguariúna registrou, na última terça-feira, a primeira morte confirmada de paciente com o novo coronavírus. Trata-se de um homem de 74 anos, que tinha hipertensão e câncer, e que estava tratando uma pneumonia em casa quando morreu, em sua própria residência, no último dia 17 de maio. O caso era tratado como suspeita de Covid-19. O resultado do exame, no entanto, só foi divulgado nesta terça-feira pelo Instituto Adolfo Lutz. Jaguariúna era uma das seis cidades da Região Metropolitana de Campinas (RMC) que ainda não haviam registrado óbitos por Covid-19. Até o momento, Jaguariúna registrou 48 casos confirmados de coronavírus. Há outros 23 casos suspeitos, ainda em investigação, e 68 já descartados, dos quais 36 estão curados. (AAN)

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