Quando recebeu a missão de fazer a escultura do ex-prefeito Toninho, o artista teve apenas 17 dias
O monumento em homenagem ao ex-prefeito Antônio da Costa Santos, o Toninho do PT, colocado no canteiro central da Avenida Mackenzie, e a escultura de aço Equus, localizada no canteiro da Rodovia Heitor Penteado, não correspondem ao projeto inicial. Eles não foram acabados, segundo o próprio autor, o arquiteto e artista campineiro Spencer Pupo Nogueira, que fez as duas esculturas. A primeira deveria estar em um pedestal e, na cabeça, ter traços mais próximos do rosto do ex-prefeito. Já o cavalo, além de um trabalho de paisagismo, tinha em seu projeto original a previsão de um sistema de iluminação que valorizasse a escultura à noite.
Segundo Nogueira, no momento em que foram concebidas, não houve tempo hábil para que os ajustes fossem realizados. Depois disso, faltou interesse e apoio da Prefeitura em concluir os projetos.
Quando recebeu a missão de fazer a escultura do ex-prefeito Toninho, o artista conta que teve apenas 17 dias para finalizar o projeto. O tempo foi curto e, segundo ele, a cabeça está inacabada e outra série de elementos que deveriam compor a obra não foram incluídos. “Ela deveria ter traços fundamentais da fisionomia do Toninho. Pedi várias fotos do perfil mas não tive tempo de fazer a cabeça com base nas proporções do crânio dele. Tive que simplificar porque seria feita pelo soldador lá em cima e tive que controlar debaixo. O soldador fez quase autonomamente e o resultado não corresponde à minha ideia”, contou.
Além da cabeça inacabada, a escultura deveria ser colocada em um pedestal, a oito metros de altura para que a peça, feita com aço trançado, tivesse como fundo o céu e não se perdesse na paisagem ambiente, composta por fios, árvores e prédios.
Cavalo
A iniciativa de fazer a escultura do cavalo foi do próprio arquiteto. Foram necessários 300 quilos de vergalhões de aço, adquiridos em lojas de material de construção. Apenas o espaço onde o cavalo está atualmente foi concedido pelo poder público. Apesar disso, por mais que tenha interferido junto à Administração, Nogueira disse que não conseguiu iluminá-lo, como previa o seu projeto inicial. A informação passada pela Administração durante o governo Hélio era de que o artista precisaria colocar um relógio elétrico e que ele mesmo deveria pagar a conta de luz. “Tudo que pedi para que fosse feito, não obtive resultado. Precisei pagar fundações, não tive nenhum apoio”, afirmou.