adeus

Artes Plásticas perdem Fábio de Bittencourt

O performer, desenhista, professor, pintor, gravador e escultor Fábio de Bittencourt (1964-2019) morreu na manhã de ontem de parada cardíaca

Delma Medeiros
16/08/2019 às 10:32.
Atualizado em 30/03/2022 às 18:17

O universo das artes plásticas está de luto. O performer, desenhista, professor, pintor, gravador e escultor Fábio de Bittencourt (1964-2019) morreu na manhã de ontem de parada cardíaca. No dia anterior (14), ele comemorou seu aniversário de 55 anos. Segundo seu irmão, Fernando de Bittencourt, Fábio estava na companhia da mulher, Regina Müller, quando teve a parada, às 6h30. Fernando estava providenciando o velório e enterro, mas adiantou que provavelmente, o corpo seria levado para Tremembé, onde está enterrada a mãe deles. Natural de São Paulo, Fábio veio para Campinas em meados dos anos 1980, e concluiu licenciatura e bacharelado em artes plásticas pela Unicamp em 1990. Aqui desenvolveu toda sua vida artística. “Estou arrasada, ele era muito novo para partir, e com muitos sonhos, agitado, impulsivo. Artista talentoso e professor de artes, Fábio se inspira na luz refletida, nas cores e na forte composição e expressão dos mais variados elementos. Tem os matizes dos azuis como sua mais forte paixão; passeia com maestria entre as águas fluidas das pinceladas e o rock pesado dos carvões”, afirmou a curadora de artes Ligia Testa, que fez curadoria para duas exposições de Fábio e planejava com ele uma terceira, com foco nos azuis. “É uma tragédia, um artista excepcional, com um trabalho autoral importante”, comentou o produtor cultural Fábio Luchiari. “Conheço o Fábio desde os anos 80, do Instituto de Artes da Unicamp. É um artista contemporâneo reconhecido no meio, tendo a irreverência como marca registrada”, disse o músico e produtor Kha Machado, que produziu na Rabeca Cultural a última exposição individual de Fábio, no final de 2017. “Fábio de Bittencourt foi um raio, um trovão que certa vez passava por Campinas e resolveu ficar. Um grande artista que viveu sua vida intensamente e criou uma vasta obra que não faz concessões a nada e nem a ninguém. Certamente, Campinas ficou bem mais careta depois dessa sua partida repentina. Pra quê tanta pressa, Fabião?”, colocou o artista plástico Ricardo Cruzeiro. “Campinas perde um grande artista, uma figura importante da arte visual. Além de artista, ele era professor e curador de arte. Um artista contemporâneo, performático”, apontou o secretário de Cultura, Ney Carrasco.”

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